Depois de 93 dias de impasse, os 128 trabalhadores demitidos da Cross Hueller, metalúrgica em Diadema, estão mais próximos de receber os encargos trabalhistas. A GM (General Motors) depositou R$ 16,4 milhões na conta da empresa, depois de cancelar encomenda de equipamentos, no valor de R$ 43 milhões.
Segundo os trabalhadores, que estão acampados em frente à sede da empresa há quase três meses, a juíza que cuida do caso prometeu repassar parte o dinheiro para o pagamento das rescisões, que somam cerca de R$ 6 milhões.
Porém, a sorte parece não estar do lado dos funcionários, já que a representante da Justiça entrou de férias esta semana e o processo será atrasado.
"Esperamos receber até o fim do mês. Estamos enfrentando dificuldades financeiras. Ontem, trabalhadores da comissão de fábrica da Ford nos doaram 40 cestas básicas. Tem sido assim, estamos no mantendo à base de doações", lamentou Célio Morgado, um dos demitidos da empresa.
HISTÓRICO
A Cross Huller fechou as portas depois que a GM desistiu da compra de 26 máquinas, que seriam levadas para a nova unidade da montadora em Joinville (SC). A empresa afirmou que houve alteração no cronograma de investimentos no empreendimento, que foi prejudicado com as fortes chuvas no início do ano na Região Sul.
Depois de depositar a quantia referente aos produtos que já estavam prontos, a GM retirou sete máquinas da empresa de Diadema. "Estamos fazendo vigília na porta da companhia e só autorizamos a retirada dos equipamentos porque tivemos a confirmação do depósito", explicou o trabalhador.
Os funcionários afirmaram que só deixarão o local quando todos receberem.
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