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Seleção Brasileira: descanso vira 'palavra de ordem'
30/06/2009 | 07:00
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Na volta ao Brasil, ontem, após a conquista do título da Copa das Confederações na África do Sul, os jogadores da Seleção Brasileira só queriam saber de descanso. A maioria do grupo, por jogar no futebol europeu, entra agora em férias. Enquanto isso, o técnico Dunga só terá trabalho em agosto, quando acontece o amistoso contra a Estônia, em Tallin.

"A seleção está de parabéns pelo que demonstrou nesse período. O trabalho do Dunga é incontestável", disse o goleiro Júlio César, um dos jogadores do grupo que desembarcou no Rio - ele passará uns dias de folga na cidade. "Agora vou comemorar minhas férias bem tranquilo, com a liderança das Eliminatórias e este título (da Copa das Confederações)."

Mas alguns jogadores não terão tempo para descansar. Nilmar e Kléber, por exemplo, seguiram para Porto Alegre e já voltaram aos treinos no Inter para poderem jogar na final da Copa do Brasil, amanhã, contra o Corinthians. Do lado alvinegro, André Santos passou em São Paulo, para rever a família, antes de se apresentar ao clube.

Apesar do amistoso contra a Estônia, em 12 de agosto, a próxima meta da Seleção Brasileira é garantir vaga na Copa de 2010. Para isso, o clássico contra a Argentina, dia 6 de setembro, em Buenos Aires, pela próxima rodada das eliminatórias sul-americanas, será fundamental. Dunga, porém, não quer pensar nos argentinos neste momento: é hora de curtir o título e a folga.

Fiel ao seu estilo, Dunga foi ríspido ao responder todas as perguntas que não soaram bem aos seus ouvidos durante a entrevista coletiva. Ao ser indagado sobre o confronto com a Argentina, o treinador se irritou. "São 30 dias de trabalho, ganhamos a Copa das Confederações e chego aqui e ouço: ‘E a Argentina?' Essa é nossa cultura", afirmou. "Vamos relaxar agora."

Um repórter lembrou a Dunga que "muita gente" chegou a contestar o trabalho dele, mas ressaltou que o técnico deu a volta por cima com o sucesso na seleção - assumiu o cargo depois da Copa de 2006. "Muita gente contestou, inclusive você. Não é bom jogar a responsabilidade nos outros", respondeu o treinador.

Herói, capitão Lúcio é o mais festejado

Autor do gol do título brasileiro na vitória de virada sobre os Estados Unidos (3 a 2), domingo, em Johannesburgo, na decisão da Copa das Confederações da África do Sul, o zagueiro Lúcio foi o mais assediado no desembarque da delegação no Rio de Janeiro. Recebeu aplausos e gritos de incentivo dos poucos torcedores que foram recepcionar a seleção no Aeroporto Internacional Tom Jobim.

"Fico feliz em ajudar o Brasil a vencer. O mérito é de todos. São todos heróis", comentou Lúcio, o capitão da Seleção Brasileira. Avisado pela diretoria que está fora dos planos do Bayern de Munique, onde disputou as últimas temporadas no futebol alemão, revelou ser difícil pensar no seu futuro neste momento. "Só quero descansar", explicou o zagueiro.

Ontem, o Bayern de Munique destacou em seu site a conquista do Brasil e estampou foto de Lúcio levantando o troféu. O clube, porém, não fez qualquer menção à ideia de dispensar o atleta.




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