Com o calor da bateria e a exuberância de cores, a Imperatriz do Bairro Nova Gerty abriu o Carnaval de São Caetano, que teve uma hora de atraso nos desfiles. A agremiação, que seria a segunda a entrar no sambódromo montado na Avenida Guido Aliberti, foi colocada no lugar da pleiteante Ébanos, que teve problemas na entrega de 80 fantasias.

Segundo o presidente da Ébanos, Murilo Antônio dos Santos, as fantasias que faltaram foram de três alas. "Espero que a Liga tenha bom-senso no nosso julgamento para continuarmos no próximo ano."

Para simbolizar a paz, tema do samba-enredo da Imperatriz, a comissão de frente estava com roupas brancas. No carro abre-alas, um planeta simbolizos os problemas do mundo. Esses temas foram desenrolados nas alas, que mostraram a fome, a escassez de serviços em saúde e o descaso com o meio-ambiente. As crianças vieram como os benfeitores da paz, um símbolo do futuro do mundo.

Vestidos de preto e branco, e com muito brilho, os dois casais de mestre-sala e porta-bandeira arrancaram aplausos da plateia.

As vestes brancas e longas usadas pelos integrantes da bateria não atrapalhou a desenvoltura do grupo com os instrumentos - tanto que até arriscaram uma coreografia.

O ponto alto foi o último carro da escola, com uma enorme imagem de um palhaço. Segundo integrantes da escola, é uma alusão à maneira que os pobres são tratados. Como destaques, duas mulheres usavam máscaras e simbolizavam as socialites que fecham os olhos para os problemas do mundo.

Com dois carros alegóricos e poucos integrantes, a Ébanos entrou na avenida por volta de 22h30. O desfile em São Caetano ainda tem na disputa pelo título as escolas União da Ilha da Prosperidade, a Tradição da Ponte e a atual campeã, Acadêmicos de Vila Gerty.