Economia Titulo Oportunidade
Preço baixo de ações cria oportunidade de investimentos
Bárbara Ladeia
Do Diário do Grande ABC
09/02/2009 | 07:01
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Com o mercado de capitais nacional dando sinais de recuperação, analistas elaboram uma carteira de ações recomendada para os investidores que desejam aplicar seus recursos na Bolsa de Valores neste mês.

Em uma análise geral, boa parte das ações disponíveis na BM&F Bovespa está com preços atrativos. A crise financeira internacional, iniciada em setembro do ano passado, derrubou o mercado de capitais em todo o mundo e o Brasil não passou imune.

Boa parte das ações encontra-se subvalorizada neste início de ano. Segundo José Góes, economista do Witrade da Alpes Corretora, há uma larga margem para crescimento no valor de mercado das empresas. "Claro que não podemos contar completamente com as expectativas dos investidores, mas o mercado ainda pode subir cerca de 30% de uma forma geral, para atingir o preço justo por ação", explica. "Nossa tentativa é sempre antecipar o que vai acontecer na economia real", completa.

MATÉRIAS-PRIMAS - Depois do sucesso da empresa durante a primeira semana do mês, a recomendação da Alpes Corretora vai para os ativos da Vale. Os papéis da mineradora vêm sendo beneficiados tanto pela alta no preço do minério de ferro na BM&F (Bolsa de Mercadrias e Futuros) quanto pelas expectativas de baixas nas reservas da matéria-prima na China.

"O preço dos papéis da Vale ainda estão muito atrativos", afirma Góes. Outro destaque vai para a Petrobras, que ainda não se beneficiou completamente da alta do preço do petróleo. Ambas as empresas são consideradas emissoras das chamadas blue chips, ações de alta liquidez (com facilidade de compra e venda) e forte rentabilidade.

Com o enfraquecimento do setor automotivo, a Aços Vilares passa a contar com a linha de produtos de aços especiais que não atende a esse público. "É uma empresa muito bem gerida e a redução nos juros pode levantar a companhia", explica Góes.

"O setor financeiro está bastante castigado", afirma o economista. Por isso, a terceira recomendação vai para os papéis do banco Bradesco que não se envolveu em nenhum processo de fusão ou aquisição de outras instituições. "É um banco sólido e bastante capitalizado."

Por fim, os analistas da Wintrade substituem os papéis da Copel, de energia elétrica, pelos da CCR, de concessões rodoviárias. "A ideia é balancear a carteira de ações que está cheia de ativos que dependem do mercado de matérias-primas", justifica o economista da Wintrade.

CONTRA - Embora não veja nenhuma contraindicação no mercado, Góis não vê grandes horizontes em fevereiro para os papéis das empresas do setor de telecomunicações. "É um setor que não sofreu com a crise, não tem como esperar grandes melhoras."




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