Economia Titulo Férias, folga...
Empresas criam alternativas para enfrentar recessão
Vivian Costa
Do Diário do Grande ABC
24/01/2009 | 07:00
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A Bridgestone Firestone, de Santo André, não sofrerá com a interrupção da produção para automóveis e caminhotes em uma fábrica dos Estados Unidos. O presidente do Sindicato dos Borracheiros da Grande São Paulo, Terezinho Martins da Rocha, afirma que a empresa prometeu não demitir até abril.

Para driblar a redução da produção, a empresa estipulou férias entre turnos. "Os 3.800 trabalhadores foram divididos em quatro turnos. Apenas três trabalham durante a semana se revezando. A fábrica vai fazer isto até abril", disse Rocha.

O sindicato, junto com as empresas do setor - que afirmam passar por dificuldades - vão tentar uma reunião com a Anip (Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos) no começo da próxima semana para conversar sobre a situação atual.

Rowamet - Os funcionários da Rowamet, também de Santo André, continuam em greve para reivindicar o pagamento atrasados do 13º salário, de parte do adiantamento e do abono acordado na Convenção Coletiva.

O tesoreiro do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Adilson Torres dos Santos, o Sapão, afirma que a empresa procurou o sindicato para propor pagar o 13º salário em duas vezes durante fevereiro e não descontar os dias de greve. Uma nova assembléia será realizada na segunda-feira, às 6h da manhã, para decidir se a paralisação continua.

General Motors - A GM (General Motors) comunicou ontem um novo período de férias coletivas na unidade de São José dos Campos (SP), segundo informações do sindicato dos metalúrgicos da cidade. Este é o sexto período de férias nesta unidade desde setembro de 2008.

De acordo com o sindicato, as férias coletivas vão ocorrer entre os dias 9 de fevereiro e 1º de março e atingem os funcionários do setor de CKD, que produz veículos desmontados para exportação.

A entidade informou que este mesmo setor já parou em férias coletivas no período entre 24 de novembro e 23 de dezembro, retornando ao trabalho no dia 5 de janeiro deste ano, por conta do recesso das festas de fim de ano.

O comunicado da montadora não informa o número de trabalhadores que serão atingidos. Mas, segundo estimativas do sindicato, cerca de 400 trabalhadores deverão ficar em casa durante o período.

Para o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Aparecido Inácio da Silva, o Cidão, esta decisão da empresa causa desconforto. "Claro que a política do sindicato de lá é diferente da nossa, que é a favor da flexibilização do trabalho", explica. Na próxima terça-feira a entidade irá se reunir com a montadora.

 




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