Economia Titulo Leilão
Governo do Rio de Janeiro planeja privatizar Berj
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26/08/2008 | 07:12
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O governo estadual do Rio pretende privatizar até novembro o Berj (Banco do Estado do Rio de Janeiro), informou ontem o secretário estadual de Fazenda do Rio, Joaquim Levy.

Esta semana serão publicados o balanço do banco, auditado pela PriceWaterhouse Coopers, e um fato relevante para comunicar ao mercado a intenção de fazer o leilão. Nos próximos 20 dias, será aberto um data room com as informações da instituição, remanescente do Banerj, comprado pelo Itaú por R$ 311,1 milhões em junho de 1997 com uma rede de 193 agências. O Berj herdou as dívidas.

De acordo com Levy, em meados de setembro deverá ser realizada uma audiência pública para explicar à sociedade o processo de venda do Berj. Esta será a segunda tentativa. Em novembro de 2006, o banco foi colocado à venda pelo preço mínimo de R$ 738,5 milhões. Naquela época, Bradesco, Itaú e Unibanco chegaram a se habilitar para participar, mas não houve proposta.

Para o leilão deste ano, Levy preferiu não estimar um preço mínimo pelo Berj, que será fixado pela FGV (Fundação Getulio Vargas).

"Um dos elementos favoráveis para a compra do banco certamente será o uso do seu prejuízo fiscal", afirmou. O secretário referiu-se ao prejuízo fiscal de R$ 3,14 bilhões que pode ser abatido do Imposto de Renda do comprador. A auditoria realizada no Berj também apurou um patrimônio líquido de R$ 83 milhões no ano passado, sendo que em 2006 esse valor havia ficado negativo em R$ 226 milhões.

O Berj apresentou ainda um lucro de R$ 104 milhões em 2007, ante um prejuízo de R$ 163 milhões. A melhora nos resultados da instituição, segundo Levy, se deu por causa de "acertos de contas" como o ingresso de precatórios federais no valor de R$ 242 milhões, mais outros ajustes contábeis, como provisionamentos para ações judiciais desde 1996 que estão sendo levantados.




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