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Após mandato, Oswaldo foca G-100
Por Bruno Coelho
Do Diário do Grande ABC
20/01/2013 | 07:00
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Um dos recordistas de tempo no comando de uma prefeitura no Grande ABC, com 12 anos à frente do Paço em Mauá, Oswaldo Dias (PT) afirma que terá foco na atuação do no G-100 - grupo das 100 cidades brasileiras com mais de 80 mil habitantes e receita per capita inferior a R$ 1.000 por habitante.

Sem expediente no Executivo, Oswaldo pretende se dedicar mais à causa do G-100, cuja finalidade é conseguir a redução da discrepância de repasses do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) do bloco - Mauá hoje está fora da lista - em relação aos demais. "Quero defender distribuição melhor das riquezas com alto número de habitante e poucos recursos, como nas cidades periféricas, mostrando que a tendência é dos habitantes sairem do centro e irem para periferia. Esses municípios aumentam a população, mas não têm aumento de repasses no FPM", pondera.

Sobre o futuro político, o petista descarta pretensão de disputar cargos eletivos, seja no Executivo ou no Legislativo, embora tenha recorrido à decisão do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo) que o julgou inelegível por oito anos devido ao caso Túnel do Tempo, exposição de imagens organizada ao fim do seu segundo mandato.

O ex-prefeito, porém, garante que seguirá ativo no PT mauaense. "A política não tem aposentadoria. Mas não pretendo (novamente disputar eleições), é preciso pensar em renovação", avalia.

 

DEVER CUMPRIDO

Oswaldo acredita que deixou a Prefeitura para o sucessor Donisete Braga (PT) com a sensação de dever cumprido após terceiro mandato. "Acho que dentro daquilo que tinha condição, (a administração) não daria para ser melhor, por conta da realidade que enfrentamos", disse o petista, que, apesar da projeção positiva, deixou o Paço com baixa popularidade.

Em janeiro de 2011, o ex-prefeito enfrentou a situação mais crítica frente à Prefeitura, em decorrência da temporada de chuvas que gerou em série de deslizamentos na qual registrou cinco mortes.

"Acho que aquilo foi um episódio montado já na iminência de uma disputa eleitoral. A minha fala foi a seguinte: ‘importante é a equipe do governo estar na área e não era necessária minha presença'. Mas isso levou a um desgaste por uma frase infeliz", reconhece.

O cenário deu força para o PT colocar Donisete na disputa pelo Paço para eleição de outubro, temendo a vitória da então favorita ao pleito Vanessa Damo (PMDB).




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