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Corregedoria Geral investiga denúncia de maus-tratos

Mãe diz que assistente-auxiliar da Emei Orlando Moretto machucou aluna de 5 anos

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
04/08/2014 | 07:00
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André Henriques/DGABC


A recepcionista Nubia Souza de Sena, 35 anos, de São Caetano, diz que sua filha, de 5 anos, estaria sofrendo maus-tratos por parte de um assistente-auxiliar da Emei (Escola Municipal de Ensino Infantil) Orlando Moretto, no bairro Cerâmica, onde a criança estuda há dois anos.

A mãe afirma que, no fim de abril, percebeu manchas rochas nos braços da menina. “Imaginei que os hematomas fossem consequência de alguma brincadeira”, afirma. Ela também notou que a menina começou a ficar agressiva. “Passaram a me ligar da escola todo dia para falar sobre o comportamento dela, mas ela nunca foi de brigar e, em casa, não tínhamos problemas comportamentais. Como ela não me contava porque estava agindo diferente na escola, pedi que outras pessoas da família perguntassem e ela relatou a uma sobrinha minha.”

A pessoa a quem a criança contou o que a incomodava gravou a conversa. No áudio, ao qual o Diário teve acesso, a menina conta: “Na hora do sono, quando a gente está bagunçando, ele (o funcionário) fica segurando a gente. A gente tenta soltar e ele fica apertando a gente, machuca, eu não gosto disso. Vou começar a falar com a minha mãe. Ele coloca a mão na minha boca para eu não falar nada e machuca. Se o meu dente tiver (sic) mole, pode cair.”

Ao tomar conhecimento do que a criança havia passado, Nubia registrou boletim de ocorrência na Delegacia Sede da cidade, no dia 27 de maio, e comunicou também a escola. No entanto, ela reclama que, até agora, não teve retorno sobre as providências. “Pedi à diretora que ele fique longe da minha filha, pois ela está com medo, está passando até no psicólogo. Quando ele se aproxima em um dia, no outro ela não quer ir para a escola.”

Procurada, a Prefeitura de São Caetano informou que a Corregedoria Geral do município está investigando a denúncia e ouvirá o funcionário, o que deve ocorrer nos próximos dias. A administração ressalta que o servidor em questão atua na rede municipal de ensino da cidade desde 2007 e não há nenhuma outra reclamação em relação a sua atuação profissional. Ele não foi afastado de suas funções. 




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