Autoridades e estudiosos do meio ambiente de países como Colômbia, Paraguai, Venezuela, Honduras e Quênia estiveram na manhã de ontem em São Bernardo para conhecer o Projeto Mananciais, que regulariza assentamentos precários no entorno da Represa Billings.

O grupo de estrangeiros participava do workshop Gestão Integrada de Águas Urbanas, realizado pelo Banco Mundial e governo do Estado com a intenção de incentivar práticas sustentáveis e iniciativas que priorizam o melhor aproveitamento dos recursos hídricos.

Os visitantes conheceram os locais já urbanizados e assistiram à apresentação da secretária de Habitação, Tássia Regino, para entender como eram as áreas antes da intervenção da Prefeitura. "É muito interessante ver na prática a melhoria do assentamento. São ideias para levar aos nossos países", comentou o sociólogo Sammy Muthamma, representante da comissão de Nairobi, capital do Quênia.

"Antes esse espaço (região do Alvarenga) era ocupado por habitações irregulares, e agora se torna modelo do que faremos em todos os pontos da cidade", destacou o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), que enfrenta denúncias de desvio de recursos em obras justamente na região.

A representante do Banco Mundial no Brasil, Juliana Garrido, ficou entusiasmada com a visita e acredita que a experiência foi interessante aos participantes, pois puderam entender melhor como funciona o processo de urbanização. "Para os brasileiros não é algo muito diferente do que já conhecem, mas para os estrangeiros é uma maneira de entender como priorizar políticas de habitação em áreas de manancial".

A Prefeitura está em fase de negociação com o Banco Mundial para a construção de conjunto habitacional no bairro Areião.