Esportes Titulo É tetra!
Alemanha coroa nova
geração com o tetra

Götze marca no segundo tempo da prorrogação
contra Argentina e ratifica sucesso do trabalho

Anderson Fattori
Enviado ao Rio de Janeiro
14/07/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


Vitória da eficiência, da troca de passes envolvente e do comprometimento. O Maracanã, no Rio de Janeiro, templo do futebol brasileiro, coroou ontem trabalho realizado há dez anos e que revolucionou a forma de a Alemanha jogar. Foi difícil, na prorrogação, mas certamente a vitória por 1 a 0 diante da guerreira Argentina na final da Copa do Mundo servirá de modelo para os times que almejam sucesso nos gramados.

O técnico Joachim Löw venceu não só a Copa, mas a desconfiança que norteou o seu trabalho e deu aos alemães o sonhado tetracampeonato mundial. Restou aos argentinos, em especial a Lionel Messi, lamentar muito por terem chegado tão perto do terceiro título.

Foram muitos os candidatos a protagonista durante a decisão da Copa. O argentino Higuaín, por exemplo, teve em seus pés, aos 20 minutos do primeiro tempo, a bola para estufar a rede, mas errou o alvo. Höwedes passou mais perto, aos 46, mas parou na trave.

Quem esperava que Messi pudesse decidir, se decepcionou com a atuação apática daquele que foi eleito pela Fifa o melhor jogador do mundo quatro vezes consecutivas (de 2009 a 2012). Com lampejos de craque, ele teve a melhor oportunidade aos dois minutos do segundo tempo, mas jogou para fora.

O nervosismo tomava conta da partida à medida que o tempo passava. Era a disputa do futebol compacto empregado pelos alemães, que atacavam e defendiam em bloco, contra o contra-ataque argentino. A sensação é de que o jogo seria definido caso um dos times errasse. Mas não foi o que aconteceu.

Praticamente perfeitos nos esquemas que se propuseram a jogar, Alemanha e Argentina tiveram de enfrentar a prorrogação – a exemplo do que ocorreu nos dois últimos mundiais. Um teste para as torcidas, que lotaram o Maracanã e fizeram festa, tanto de um lado como de outro.

A pressão parecia um pouco menor no tempo extra e os times se soltaram para tentar decidir a Copa da forma mais justa: com a bola rolando.

E não faltaram chances para isso. Schürrle, com um minuto, obrigou Romero a fazer ótima defesa. Mas foi Palacio que desperdiçou a grande oportunidade para a Argentina. Aos seis, ele recebeu na área, matou no peito, mas tentou dar chapéu em Neuer e jogou para fora.

O cansaço parecia ser determinante no resultado. No segundo tempo da prorrogação, a Argentina, que havia encarado tempo extra na semifinal, quarta-feira, parecia entregue. A Alemanha, muito pelo contrário, esbanjava disposição.

E, neste panorama, não podia dar outra. Justamente um dos jogadores que entrou na partida foi quem decidiu tudo. Aos sete, Mario Götze, o retrato da nova geração, recebeu na esquerda, dominou e estufou a rede, surpreendendo Romero e dando início à festa alemã no Brasil e no restante do planeta.

A Argentina, sem forças físicas, se rendeu ao futebol envolvente da Alemanha, que apenas esperou o apito final para levantar a quarta taça e dar início à nova era no futebol mundial.




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