Com ideias renovadoras, o candidato do PV, Lauro Michels, conquistou os votos de 41,92% dos eleitores de Diadema. A disputa foi bastante acirrada contra o adversário - e atual prefeito - Mário Reali (PT), que abocanhou o primeiro lugar com 46,75% de preferência nas urnas.

Depois de 30 anos consecutivos comandando a cidade, o PT se vê ameaçado. "Estamos no segundo turno!", comemorou Michels assim que a apuração foi 100% concluída, por volta das 20h30. "A vontade popular foi expressada nas urnas. É a vitória de um povo", enfatizou.

Questionado pela equipe do Diário sobre o que faltou para não ter ganhado a eleição já no primeiro turno, Michels declarou: "Com certeza o poder aquisitivo. Essa foi a campanha do tostão contra o milhão", referindo-se aos (elevados) gastos do PT com a disputa. De acordo com a assessoria de imprensa do postulante ao Paço, a candidatura de Michels consumiu R$ 25 mil.

Em relação à expectativa para o segundo turno, o prefeiturável - que acompanhou toda a apuração em seu comitê ao lado da família, amigos e políticos aliados - disse estar com os "pés no chão" e que "a ideia é trabalhar dia e noite, redobrando a motivação, pois essa é uma nova etapa, uma nova campanha que, sobretudo, contará com o apoio dos vereadores eleitos pelo PV", dentre eles, seu primo Marcos Michels - também presente durante a apuração.

Sobre as alianças, "vamos conversar com a Maridite (Cristovão de Oliveira, candidata do PSDB, derrotada com pouco mais de 9% dos votos) e com todos os partidos que quiserem renovar Diadema", relata, sem deixar de lado o possível apoio do PMN.

Comemoração

Totalmente confiante para o resultado do dia 28, Michels discursou para cerca de 150 pessoas em frente ao comitê. Lá convocou o povo diademense para um encontro hoje. "Para começar com o pé direito, amanhã (hoje) às 14h vamos fazer ato de concentração na Praça Lauro Michels gritando um ‘Muito obrigado, Diadema!'. Quero todo mundo de verde com um lenço branco em mãos para simbolizarmos a esperança e a paz", disse, fazendo menção às cores do PV.

"Já que fomos chamados de moleques, então, vamos todos fazer uma molecagem em Diadema", cutucou, relembrando a crítica apontada por Mário Reali há algumas semanas.

"O PV foi hostilizado, vítima de preconceito, mas depois de remar contra a correnteza, nós chegamos lá", desabafou a deputada Regina Gonçalves (PV), que ficou o tempo todo ao lado de Lauro Michels.