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Paço diz que mudança na lei beneficia cidade

Interlocutor do governo de S.Caetano, Pádua afirma que Executivo está satisfeito com bolsas da Mauá

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
20/05/2014 | 07:11
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Porta-voz do governo do prefeito de São Caetano, Paulo Pinheiro (PMDB), Antônio de Pádua Tortorello afirmou que o número de bolsas de estudo oferecidas pelo Instituto Mauá “é suficiente” e que a administração não tratou com a universidade o reajuste dessa fatia quando aceitou modificar a lei de zoneamento do município.

Responsável pelo diálogo entre a Câmara e o Palácio da Cerâmica, Pádua afirmou que a mudança na legislação foi explicada aos vereadores e que trazia estudos dos impactos causados pelas alterações na urbanização da cidade. “Não houve discussão de contrapartida (da Mauá). Esse governo não faz esse tipo de negociação. Até porque a contrapartida já existe, já que (a mudança na lei) beneficia a cidade”, analisou.

A declaração de Pádua vai na contramão da visão da Câmara, que tentou convencer a Mauá de esticar o número de descontos nas mensalidades – hoje são oferecidos 2% do total de vagas para o curso de Engenharia a estudantes carentes de São Caetano. Para os parlamentares, a faculdade deveria rever esse índice, já que a alteração na lei beneficiará diretamente a instituição. A Mauá pretende erguer novos laboratórios. Com a modificação, a faculdade está livre para construir prédio de até seis andares. “A história da Mauá é um orgulho para o município”, disse o interlocutor.

Questionado sobre qual será o bônus do município com a mudança na legislação, Pádua voltou a rasgar elogios à instituição. “O instituto é particular, mas tem um significado importante para a população de São Caetano”, discorreu.

A mudança na lei foi enviada por Pinheiro em abril e aprovada pelo Legislativo no dia 8, com votos contrários de Eder Xavier (PCdoB), Edson Parra (PHS), Pio Mielo (PT), Beto Vidoski (PSDB) e Cidão do Sindicato (Solidariedade). Na ocasião, os parlamentares alegaram que não conseguiram discutir a oferta de bolsas de estudo com o instituto.

A direção da Mauá, no entanto, alega que os descontos foram acordados na época em que o município concedeu o terreno à entidade, na década de 1960, e que a mudança na lei que autorizou a universidade a fazer intervenções na estrutura física do campus não é motivo para esticar as bolsas.

VERTICALIZAÇÃO
Pádua também rebateu as declarações do ex-prefeito José Auricchio Júnior (PTB), atual secretário estadual de Esporte, Lazer e Juventude, de que a alteração na legislação sem a garantia de contrapartida por parte da Mauá foi um retrocesso. “O Auricchio é a última pessoa que pode falar disso. Quando prefeito, ele liberou boa parte da construção de empreendimentos na cidade. Ele é o responsável pela verticalização de São Caetano”, criticou.

A mudança na lei de zoneamento vinha se arrastando desde a gestão de Auricchio e só não vingou na época, segundo o petebista, porque o pleito por novas bolsas de estudo não avançou.




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