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Exportação tem leve melhora em abril

Mesmo com resultado, região observa queda de 16,8% nas vendas ao Exterior no quadrimestre

Por Yara Ferraz
20/05/2014 | 07:07
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As empresas exportadoras do Grande ABC, mês a mês, estão ampliando, neste ano, as vendas ao mercado internacional, mas os resultados no quadrimestre ainda estão bem abaixo do desempenho do mesmo período de 2013. É o que apontam os dados do MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior).

De acordo com os números da Pasta, nos quatro primeiros meses de 2014, os sete municípios registraram US$ 1,7 bilhão em receitas obtidas com as encomendas a outros países, o que foi 16,8% a menos do que de janeiro a abril do ano passado. A ressalva é que abril (quando foram contabilizados US$ 476 milhões) foi o terceiro mês seguido de ampliação no valor alcançado com as vendas externas.

Para o professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio, a valorização do dólar frente ao real observada ao longo do ano passado – no início de 2013 estava no patamar de R$ 2 e, no primeiro trimestre de 2014, chegou a R$ 2,35 – traz impacto sobre o comércio exterior. Ele acrescenta que o efeito cambial não é imediato e, por isso, estaria sendo sentido agora. “Até que revejam contratos, demora. Tudo indica que isso se deve à mudança de patamar lá atrás (no ano passado)”, diz.

Poderia estar melhor para o exportador, já que, a partir de abril, o câmbio recuou novamente, para a faixa de R$ 2,20. “O ideal seria R$ 2,30 a R$ 2,40”, diz o diretor do departamento de comércio exterior da regional do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de São Bernardo, José Rufino Filho. Para ele, vender a outros países acaba sendo alternativa para tentar escoar a produção, diante da demanda fraca no País. “O mercado interno, de forma geral, está muito parado”, afirma.

No entanto, ele não vê, neste ano, grande melhora na relação à Argentina, que é o principal destino das encomendas da região. São Bernardo, por exemplo, principal polo exportador do Grande ABC, tem 46% das vendas externas direcionadas ao país vizinho.

IMPORTAÇÕES - No primeiro quadrimestre, as compras de itens do Exterior também tiveram queda. Somaram US$ 2,046 bilhões, retração de 12,6% ante mesmo período de 2013. Para Rufino Filho, esse recuo reflete a baixa atividade econômica nacional, que desmotiva os empresários a investirem na aquisição de peças e maquinários de outros países.




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