Não tem jeito. A maior parte dos colecionadores de figurinhas tende a acreditar em lendas, que, contadas muitas vezes, acabam parecendo reais. Uma delas é achar que determinado número é mais difícil de se encontrar do que outro e que comprar os envelopes em lugares diferentes diminui a possibilidade de tirar as indesejáveis repetidas.

A Panini, editora responsável pelo álbum, faz questão de esclarecer os mitos, principalmente o de que existem números mais raros de serem encontrados. Segundo a empresa, os cromos são feitos exatamente na mesma quantidade e a distribuição dos envelopes nos pontos de venda são aleatórias, mostrando ser inútil a procura por locais diferentes para comprar as figurinhas na tentativa de evitar repetidas.

Uma estratégia que, segundo a Panini, dá certo é comprar o pacote fechado com 50 envelopes. Neste caso, a chance de encontrar repetidas é bem menor do que a compra aleatória.

A editora assume que fez montagens em alguns jogadores, mas apenas em casos específicos, quando o atleta ainda não atuou com a camisa da seleção, por exemplo. É lenda, porém, achar que determinado time demora mais para sair, já que a empresa reforça que os cromos são impressos no mesmo tempo e quantidade.

Uma das reclamações dos colecionadores é ter no álbum atletas que não vão à Copa. No caso da Seleção Brasileira, Robinho, que não foi chamado por Luiz Felipe Scolari, consta no livro, enquanto Jô, que está na convocação, ficou de fora da coleção. A empresa explica que a listagem é fechada bem antes das convocações por conta de estratégias comerciais.