Os velórios dos cemitérios Carminha e Pauliceia, ambos em São Bernardo, ficarão interditados por cerca de dez meses para reforma e ampliação. Ao todo, as obras custarão aproximadamente R$ 5 milhões e a licitação está em fase final. Durante a execução dos serviços, as cerimônias terão de ser feitas nos cemitérios de Vila Euclides e Baeta Neves.

Nesta semana, foi publicada no Diário Oficial do Estado a habilitação de duas empresas concorrentes. O certame deverá ser finalizado nas próximas semanas. Segundo a administração municipal, os locais serão totalmente remodelados, com instalação de área para manutenção, floricultura, depósito, administração e sanitários públicos acessíveis, além de cozinha, refeitório e vestiário para funcionários.

No cemitério da Pauliceia, serão criados mais espaços para que sejam feitas as últimas homenagens a parentes e amigos mortos. O local passará a contar com oito salas de velório, quatro a mais em relação às existentes hoje. As obras irão custar R$ 2,6 milhões. Atualmente, a área é simples, mas bem conservada. O principal problema é que não há proteção no saguão principal. Dessa forma, os visitantes podem ser atingidos em caso de chuva forte.

Nas salas, não há privacidade. Isso porque os espaços são duplos, com apenas uma parede dividindo a área destinada para cada família. Na prática, são apenas duas salas para quatro velórios. O armazenamento de materiais também é feito de forma improvisada. A equipe do Diário esteve no local ontem e encontrou suportes para caixões na entrada do sanitário masculino. Não há placas para que seja colocado o nome das pessoas que serão veladas no dia.

Já no cemitério do Carminha, na região do bairro dos Casa, a reforma custará R$ 2,3 milhões. O espaço passará a contar com seis salas de velório – uma a mais do que na configuração atual.

Em geral, a área destinada aos velórios é bem conservada, apesar de pequena. No saguão principal existem apenas 18 cadeiras. O local, entretanto, tem boa ventilação e limpeza adequada.

VILA EUCLIDES

Em janeiro do ano passado, seis meses depois de passar por reforma que custou R$ 1,3 milhão, o velório do Cemitério de Vila Euclides, também em São Bernardo, teve de ser interditado após as lajes do pavimento superior cederem em razão das fortes chuvas. Para evitar queda, foram colocadas escoras metálicas improvisadas no andar inferior. Para prevenir sobrepeso, a área foi bloqueada por tapumes. Entre outros problemas denunciados à época pelo Diário estava a infiltração. O excesso de umidade fez com que o forro de gesso caísse em uma das salas reservadas.