Márcio Bernardes Titulo
Chegou a hora. A hora é agora!

Finalmente a Seleção Brasileira vai estrear na Copa da África. O jogo contra a Coréia do Norte não assusta

Por Especial para o Diário
15/06/2010 | 00:00
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Finalmente a Seleção Brasileira vai estrear na Copa da África. O jogo contra a Coréia do Norte não assusta. Mesmo misterioso, o adversário não tem categoria, nem condições de botar medo.

O Brasil não é aquele time que todos sonham. Neymar e Paulo Henrique Ganso, as sensações do ano, nem vieram para a África. O estilo tático de Dunga se assemelha com aquilo que ele foi em campo como jogador.

Do goleiro até a quarta zaga, além do ataque, há unanimidade. Michel Bastos é titular meio na base do não tem outro para a posição. Há quem pense o contrário e defenda Roberto Carlos neste time. Mas o corintiano nunca fez parte dos planos de Dunga.

O problema é o meio-campo. Felipe Mello e Gilberto Silva só encantam o treinador. Ninguém mais, torcedores e imprensa incluídos, engole a dupla. Outras várias opções estão na boca do povo. Aqui na África, por exemplo, tem Ramires, Júlio Baptista e Elano, que poderiam ser volantes.

Outra grande dúvida é sobre a condição física e atlética de Kaká. Como se sabe, pelos pés do ex-são-paulino passarão as jogadas ofensivas do time brasileiro. E se ele for bem marcado? E se não estiver bem fisicamente?

A solução será um contra-ataque com Maicon ou uma jogada de velocidade com Robinho e Elano.

A Coréia do Norte vai jogar retrancada. E não seria de outra forma. Paciência, até o primeiro gol. Vencer esse jogo é fundamental. Estará vencida também a ansiedade da estreia.

Bastidores
Covardia. Se a África do Sul não se classificar para a segunda fase da Copa vão proibir as vuvuzelas nos estádios. Sacanagem com a torcida. Todos sabiam, desde a Copa das Confederações, que o barulho da corneta seria infernal. Fizeram média e agora vão mostrar truculência.

- Jogadores franceses reagiram com ironia à oferta de um sex-shop que mandou para toda delegação kits com os votos de estímulo e boa sorte nesta Copa. Realmente a França não se deu bem no primeiro jogo contra o Uruguai. Se sexo for a solução, que se faça com alegria e prazer.

- Cruzei com Francescoli aqui no IBC. Ele não gostou do seu time na estreia, mas acredita que ainda pode haver evolução. O uruguaio, sem modéstia, afirma que falta na sua seleção um jogador com as suas características para abastecer de bolas o atacante Diego Forlan.

- Todos estão encantados com a Alemanha. Sem desmerecer a goleada sobre a fraca Austrália, é verdade que o primeiro gol, logo no início, facilitou e muito. Alemanha é sempre Alemanha, mas ainda não estou convencido de que esse time assusta.

O relacionamento de Dunga com a imprensa está insustentável. O assessor Rodrigo Paiva agora não esconde mais de ninguém e diz que esgotou seus argumentos com o treinador.

Rodrigo tem dito à Dunga que da forma que a comissão técnica está agindo todos acabam prejudicados: patrocinadores, repórteres, empresas de comunicação etc. E pede para que os jornalistas negociem diretamente com o técnico.

Tenho receio de que a coisa chegue a um ponto extremado. Está por um fio! E receio também que Dunga, se acontecer um fracasso, culpe a imprensa pelo mau ambiente provocado justamente pelos jornalistas.

Devemos reconhecer que a bagunça de Weggis deve servir de exemplo para que excessos não sejam repetidos. Mas do jeito que a situação se encontra é muito possível que haja um curto circuito.

Só há uma solução para um final feliz: o Brasil ser campeão aqui na África. Caso contrário e bem antes da final, Dunga deveria pensar e repensar. Seu bom senso vai alertá-lo para pegar mais leve.




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