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Com dólar em alta, melhor é fracionar compra da moeda

Quem for viajar para o Exterior em julho enfrentará a valorização, que chegou a R$ 2,25

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
21/06/2013 | 07:01
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A volatilidade do câmbio do dólar é uma constante desde maio. Ontem, a moeda norte-americana oficial fechou em R$ 2,252, contra R$ 2,174 do dia anterior. Foi o maior valor desde o dia 1º de abril de 2009, quando encerrou em R$ 2,289. E quem deixou para comprar o dinheiro próximo das férias de julho não terá muitas saídas contra o encarecimento. E enfrentará maior peso ainda, pois o dólar turismo sempre é mais caro e ontem fechou o dia em R$ 2,37.

Para o professor de Finanças Mário Amigo, da Fipecafi (Fundação Instituto de Pesquisas Contábeis, Atuariais e Financeiras), Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), FIA (Fundação Instituto de Administração) e Saint Paul Escola de Negócios, a melhor saída é comprar um pouco da moeda a cada dia.

“Minha recomendação, devido ao nível de incertezas elevados, é compor um pouco da quantia que pretende levar para o Exterior hoje, mais um pouco daqui a alguns dias, para minimizar qualquer tipo de impacto”, explicou. Na avaliação do acadêmico, trocar toda a quantia de dólar necessária para a viagem de uma vez poderá sair caro.

O professor Marcello Gonella, do curso de Administração da Universidade Anhembi Morumbi, concordou que o cenário econômico atual, em que os investidores têm retirado dinheiro do País pela expectativa de maior risco brasileiro e melhora na economia dos Estados Unidos, indica que as oscilações do preço do dólar em reais não encerrarão no curtíssimo prazo. “Isso é um quadro que não vai modificar muito nos próximos dias.”

Porém, Gonella descarta a utilização do cartão de crédito ao invés da moeda na viagem. “Sempre as administradoras têm uma taxa de câmbio mais cara (no plástico).” Sem contar que é muito arriscado apostar que quando a fatura do cartão chegar, o dólar estará mais barato, pontuou o professor de Finanças da USP (Universidade de São Paulo) de Ribeirão Preto Fabiano Guasti Lima. “Além disso, haverá ainda a cobrança do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras)”, destacou o especialista.
 




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