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Às vésperas da estreia em Brasília, Felipão dorme o sono dos justos
Thiago Postigo Silva
Enviado à Brasília
Do Diário do Grande ABC
15/06/2013 | 07:00
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Agora é para valer. Depois de sete amistosos, o técnico Luiz Felipe Scolari começa hoje, contra o Japão, no jogo inaugural da Copa das Confederações, a cair ou não nas graças da torcida novamente. Treinador de personalidade forte e 11 anos mais experiente ao do pentacampeonato, ele ressaltou que a pressão de jogar em casa é normal e não lhe tira o sono.

Aliás, após o título com a Seleção em 2002, Scolari já disputou uma competição com torcida a favor, em 2004, quando levou Portugal ao vice-campeonato da Eurocopa, em terras lusitanas. Ele ainda assegurou que nas suas tradicionais caminhadas matinais – normalmente realiza com o seu inseparável auxiliar Flávio Murtosa –, mal fala sobre futebol.

“Na hora de dormir, durmo, não penso em nada. Pode acreditar, hoje, ontem, amanhã, sempre”, brincou o treinador. “Quando faço a caminhada, converso sobre a vida, bem pouco mesmo sobre futebol. Também tenho o contato normal com meus familiares, como qualquer pessoa. A ansiedade não é como antigamente”, disse o treinador.

Um dos motivos para a tranquilidade são os últimos amistosos do time – empate (2 a 2) com a Inglaterra e vitória (3 a 0) sobre a França. “Nossa equipe melhorou nos últimos jogos, ainda não está excelente, mas evoluiu”, frisou Felipão.

Porém, o técnico sabe que a calmaria pode acabar dependendo do que o time apresentar hoje. Por isso, pediu paciência. “O torcedor tem de ser um a mais no nosso time e precisamos tirar proveito disso para que a equipe e o adversário sintam esse ambiente”, justificou. “O importante é que o torcedor fique conosco nesses dias.

Precisamos lembrar que temos apenas três ou quatro remanescentes de outras Copas (três de 2010 e um da 2006), enquanto os outros (times) vêm com mais jogadores”, recordou.

Segundo o comandante, não se dá o devido valor à equipe. “Não temos respeito aqui dentro do Brasil. Todos que vêm respeitam a Seleção. Passamos a ideia de que é um timezinho ruim”, esbravejou.

No fim da entrevista, mais calmo, o treinador falou que a competição e a própria Seleção podem contribuir com o País. “Precisamos nos unir para que possamos mostrar ao mundo que somos um País do futuro, que está evoluindo em todas as áreas, bem administrado”, disse Scolari.


Preocupado, técnico cobra proteção ao craque Neymar

Como tem feito ultimamente, Luiz Felipe Scolari defendeu ontem seus comandados, especialmente Neymar, criticado pelo desempenho na Seleção Brasileira. O treinador chegou a pedir proteção ao jogador.

“Temos que proteger. É um ídolo do Brasil, de todos nós. Mas parece que a finalidade é execrar. Temos um ídolo que leva 50 mil pessoas a uma apresentação, então precisamos valorizar e cobrar dele o que pode fazer”, frisou.

Felipão afirmou que Neymar tem de sofrer cobrança igual à do restante dos jogadores. “Ele tem a mesma responsabilidade do Fred, do Júlio César, do Luiz Gustavo, do Paulinho. Ele é igual aos outros. Não vai jogar com 11 camisas no corpo. Ele joga com uma e faz parte de um grupo. Quanto mais for jogador de equipe, muito melhor ele vai ser. Não tenho nada a cobrar do Neymar”, destacou.




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