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PM realiza parto em
viatura em S.Bernardo

Mamãe ligou para o 190, mas sem tempo de chegar até o hospital, PMs fizeram o trabalho

Rafael Ribeiro
Do Diário do Grande ABC
14/06/2013 | 07:00
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A universitária Raíssa Valéria Ferreira de Souza, 21 anos, olhava para o filho recém-nascido na maternidade do HMU (Hospital Municipal Universitário) de São Bernardo quase seis horas após o parto, realizado dentro de uma viatura por dois policiais militares, e ainda não acreditava na forma como ele veio ao mundo.

Certamente não era a maneira como ela esperava dar à luz a Antônio Bernardo, homenagem dupla. Primeiro pelo fato de o garoto ter nascido no dia do santo de mesmo nome. E, segundo, em agradecimento à cidade que lhe acolheu tão bem há um mês, após a família deixar Teresina, no Piauí, e se mudar para o bairro Santo Inácio. “O médico havia dito que completaria o nono mês apenas na semana que vem. Ele foi apressadinho”, brincou a mãe de três filhos.

A pressa do pequeno Antônio em vir ao mundo antecipou o planejamento. Na manhã de ontem, Raíssa sentiu as primeiras contrações fora de casa. Mal teve tempo de pedir ajuda e a bolsa estourou. Enquanto tentava conseguir uma carona com a sogra e uma vizinha, a cabeça do bebê começou a sair. Raíssa, então, ligou para a emergência em busca de ajuda e foi aconselhada a esperar pela ambulância na sede da 3ª Companhia do 40º Batalhão (BPM). Mas não havia tempo para o transporte até o hospital mais próximo.

Coube aos soldados da Ronda Escolar Anderson Bronzoli e Admilson Viana realizar o parto. “Em meio a tantas ocorrências que a gente atende, uma assim revitaliza. É diferente, mas uma sensação muito boa”, disse Bronzoli, integrante da corporação há dois anos. Natural de Lins, foi a primeira vez que realizou um parto.

Socorrida primeiramente à Santa Casa de São Bernardo, que não tem maternidade, Raíssa e seu filho foram encaminhados ao HMU, onde seguem em observação.

Já Viana, que atua há três meses com Bronzoli, é policial há 17 anos e teve a sua terceira experiência em partos. A emoção é natural, já que fez com que ele se lembrasse do primeiro bebê que trouxe à vida, há dez anos, no Jardim Irajá. “Era um barraco de madeira, de chão de terra batida”, disse. “Na primeira vez fiquei igual o Bronzoli, nervoso, sem saber o que fazer, mas agora já sabemos como proceder.”

“Só tenho a agradecer aos policiais pela dedicação com que me atenderam. Certamente o Antônio vai querer virar policial quando crescer e souber como veio ao mundo”, garantiu Raíssa. 




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