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Vadão analisa que rebaixamento do
Azulão foi acidente de percurso

À frente do Criciúma, ex-treinador do São Caetano diz que trabalho não deu certo

Thiago Postigo Silva
Do Diário do Grande ABC
13/05/2013 | 07:10
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Atualmente comandante do Criciúma, o técnico Oswaldo Alvarez, o Vadão, é dono de extenso currículo como treinador. Além de ser responsável por revelar o meia Rivaldo nos anos 1990 no Mogi Mirim, além de Kaká, pelo São Paulo, no início da década de 2000, soma passagem por 18 clubes, entre eles, Corinthians, São Paulo, Atlético-PR, Ponte Preta e São Caetano.

Aliás, foram justamente as duas passagens pelo Azulão, em 2008/09 e 2011, que dão direito ao treinador para falar sobre a situação do time do Grande ABC, recém-rebaixado à Série A-2 do Paulista e há sete anos na Segunda Divisão do Brasileiro.

Apesar dos problemas pelos quais o São Caetano passa, Vadão acredita que o time vai se recuperar e conquistar o acesso ao menos no Estadual. "(O rebaixamento) Foi acidente de percurso. Uma coisa é falar que o time não tinha elenco, sem bagagem. Mas foram contratados bons jogadores e ainda contou com o Geninho, um dos melhores técnicos do futebol brasileiro, mas não deu certo", ressaltou o treinador em entrevista ao ‘Diário' após o jogo contra o São Bernardo, semana passada, pela Copa do Brasil.

Para o comandante, a falta de calendário é prejudicial ao Azulão. Segundo ele, o time do Grande ABC tem pouco tempo de preparação para o Estadual, enquanto outros times menores começam em novembro.

"Enquanto os times pequenos começam a treinar desde novembro, o São Caetano começa somente em janeiro, porque disputa a Série B (do Brasileiro). As primeiras rodadas são cruciais e se não começa bem pode custar no fim", explicou. "As equipes grandes ainda se recuperam porque têm elencos melhores, mas para o São Caetano fica complicado. No Paulista, ainda caem quatro, é muita coisa", completou Vadão.

Ele ainda preferiu não criticar a diretoria do Azulão por trocar de treinador três vezes no Paulista, apesar de admitir ser contra tal prática. "Isso faz parte da cultura. A própria imprensa cobra mudança quando um time vai mal. Por exemplo, eu assumi o Criciúma no lugar de Paulo Comelli, que subiu a equipe no ano passado à Série A do Brasileiro, mas neste ano, com as mudanças no elenco, não fez bom início de Catarinense. No fim das contas, o que vale é o resultado", destacou.

Segundo Vadão, o destino do Azulão era para ter sido outro no Campeonato Paulista. "Existe série de coisas que não funcionou. Acho que poderia brigar perfeitamente para se classificar (entre os oito)", opinou. "Mas acredito que o clube tenha estrutura para reverter, até porque tem poder financeiro para voltar (à Série A-1)", completou.

Técnico elogia o São Bernardo, adversário pela Copa do Brasil

O empate (1 a 1) do Criciúma com o São Bernardo pelo jogo de ida da segunda fase da Copa do Brasil rendeu elogios ao time do Grande ABC. As duas equipes voltam a se enfrentar quarta-feira, às 19h30, na casa do time catarinense, no Estádio Heriberto Hulse.

"O (técnico) Wagner Lopes montou uma boa equipe, que joga parecida com a nossa. Não será fácil conseguir a classificação", frisou o treinador.

Vadão, porém, ressaltou que o pior foi o jogo de ida, por diversas situações que o clube viveu e pelo adiantamento da partida por parte da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) em dois dias. "Atuamos no sábado, em Criciúma, e depois tivemos de viajar para atuar na terça-feira seguinte. Ainda tivemos que viajar até Porto Alegre para embarcar a São Paulo. Foi cansativo", justificou o treinador.

Segundo ele, o jogo de volta fica mais fácil, apesar de acontecer entre os dois jogos da decisão do Catarinense, na qual o Tigre catarinense encara a Chapecoense (ontem, venceu o primeiro jogo por 2 a 0). "Mas as partidas agora são tudo em casa ou perto. Não ficaremos tão cansados", disse o técnico que já pensa na Série A. "Estamos na fase de contatos para fortalecer o elenco."





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