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PED define apoio a política econômica
08/10/2005 | 00:29
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A eleição para presidente nacional do PT, que ocorre neste domingo, deverá ser determinante para o apoio, sem muitos ruídos, da política econômica do governo, uma vez que os candidatos Raul Pont (Democracia Socialista) e Ricardo Berzoini (Campo Majoritário) têm visões diametralmente opostas com relação à condução dos rumos da economia do país. Enquanto Berzoini se mostra completamente alinhado ao pensamento do Ministério da Fazenda, Pont critica, duramente, as decisões econômicas da administração federal e diz que o partido, sob a possível gestão dele, deverá discutir, amplamente, as resoluções tomadas pelo Poder Executivo.

"Sabemos que esse tipo de orientação (da política econômica) não segue os interesses nem nacionais, nem populares. Não entendo como essa política ditada pelos neoliberais possa vir a ser aceita pelo partido ou pelo país", disse, num debate promovido na sede nacional da sigla, em São Paulo, pela Rádio CBN (Central Brasileira de Notícias), o candidato da Democracia Socialista a presidente nacional do PT, que ainda credita ao sistema econômico grande parte da responsabilidade pela cisão interna da legenda, que, segundo ele, fica evidenciada pelo distanciamento dos movimentos sociais dos debates internos.

Apesar de defender ajustes na política monetária, o candidato do Campo Majoritário a presidente nacional do PT voltou a usar o discurso de realizações do Executivo para justificar o apoio à proposta econômica.

Berzoini citou a geração de empregos, a ampliação dos investimentos em moradia com recursos do FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço), o programa do biodiesel, a agricultura familiar e o crédito consignado como ações que demonstram a eficácia da gerência fazendária.

"É uma política bem-sucedida e deve ser defendida pelo partido", disse. Para Pont, esses indicadores não são suficientemente fortes para sustentar uma defesa maciça do projeto econômico da gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

"Os indicadores são insuficientes quando ouvimos as bases sociais com as quais nos relacionamos. Não podemos ficar ufanistas com índices produzidos por bancos, como é o caso do risco Brasil."




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