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Lula pode concluir nesta 5ª a reforma ministerial com mais 2 nomes
21/07/2005 | 00:22
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende dar mais um passo nesta quinta-feira em direção à conclusão da reforma ministerial que se arrasta há meses, depois de ter reiniciado nesta quarta-feira à noite, ao regressar a Brasília, as consultas e os convites ao novos escolhidos. A expectativa é de que Lula anuncie os novos ministros e os emposse às 16h, em cerimônia no Planalto. Os nomes mais certos eram de Nélson Machado, atual secretário-executivo do Ministério do Planejamento, para dirigir o Ministério da Previdência, no lugar de Romero Jucá, e de Márcio Fortes, atual secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, para o Ministério das Cidades, no lugar do petista Olívio Dutra, que ainda resistia a deixar o cargo. Lula não escondia nesta quarta-feira a sua tristeza em ter de demitir o amigo.

Mas esta decisão, segundo informações no Planalto, já estava tomada, apesar de o presidente ter pedido para Olívio suspender a coletiva de despedida que havia marcado para a tarde de terça-feira, depois de ter recebido o bilhete vermelho.

No caso de Márcio Fortes, o presidente Lula ainda avaliava com a ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, as acusações que existem contra ele. Queria ver se valia a pena assumir mais este problema. "Não queremos um novo Jucá", repetiam interlocutores de Lula. O problema maior é que o presidente da Câmara, Severino Cavalcanti, não aceita outro nome a não ser o de Fortes. Severino exigiu que o ministério a ser dado ao PP fosse Cidades e não Previdência, como desejava e ofereceu Lula.

Outra decisão do presidente Lula em relação às mudanças que pretende realizar é a perda do status do titular da Pesca, José Fritish. A Secretaria Especial da Pesca, que se desvinculou do Ministério da Agricultura, no início do governo, vai agora passar a ser vinculado ao Ministério do Desenvolvimento Agrário.

Mas o enxugamento que o presidente Lula quer fazer está sofrendo muitas resistências. Apesar de ter anunciado, na semana passada a decisão de tirar o status de Ministério da Secretaria de Direitos Humanos, voltando a vinculá-la ao Ministério da Justiça, o presidente estava revendo a decisão por causa das inúmeras pressões que está sofrendo. Também ainda não foi concretizada a anunciada perda de status da Secretaria de Comunicação Estratégica, comandada por Luiz Gushiken, que continua se reportando ao presidente Lula.

Nesta quinta-feira às 16h está prevista a posse do novo ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende, que substituirá Eduardo Campos, que voltará para o Congresso para ajudar o governo na recomposição de sua base no Congresso. É possível que Lula dê posse para Márcio Fortes, apesar dos problemas enfrentados por ele.

Lula ainda tem outras pendências pela frente, como a direção da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), que ficará para depois, e a presidência da Infraero (Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária). Carlos Wilson já avisou que é candidato às eleições do ano que vem e Lula quer nomear para o seu lugar o ex-deputado petista Airton Soares. Outro problema ainda a ser resolvido pelo presidente Lula é em relação ao Banco Central. Neste momento, a expectativa é de que Henrique Meirelles não deixe mais o cargo.




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