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À revelia de Damo
Débora Costa e Silva
Especial para o Diário
27/08/2006 | 18:37
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Depois de ter sido reeleito vereador em Mauá, com 2.875 votos, Carlos Polisel (PSDB) agora se candidata a deputado estadual. Questionado se espera apoio da cidade para eleger-se deputado, o vereador diz que conta “com a população sim, mas não com o poder público”. Polisel diz que sofreu pressão de integrantes do governo em função de ser adversário da vereadora Vanessa Damo (PV), candidata a estadual e filha do prefeito, Leonel Damo (PV).

“Alguns acreditam que é uma obrigação apoiar a candidata do prefeito. Eu não tenho esse compromisso, nunca prometi nada em relação a isso”, defende. Mesmo não sendo candidato do governo, sua dobrada na cidade é com a vice-prefeita Leni Walendy (PSDB), que concorre a uma vaga de deputada federal.

Apesar de ter seu eleitorado em Mauá, a campanha do parlamentar não está centralizada na região. Segundo ele, a divulgação de sua candidatura ocorre também nos municípios de Águas de Lindóia, Pinhãozinho e Araraquara, interior. Embora Polisel não tenha feito plenárias, ele tem visitado moradores do Grande ABC e associações para apresentar suas propostas, “todas sociais”.

Uma delas é fazer com que as indústrias de bebidas alcoólicas financiem o tratamento de dependentes de álcool e drogas, por meio de arrecadação tributária sobre as bebidas. A verba seria destinada a clínicas e organizações não-governamentais que lidam com estes problemas.

No Grande ABC, Polisel pretende batalhar pela criação de um hospital para atender Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O tucano alega que o Hospital Estadual Dr. Radamés Nardini em Mauá fica lotado, pois a população das três cidades o utiliza. “Isso complica o atendimento médico das pessoas da região”, reclama.   

Polisel ainda quer levar adiante projeto de lei de sua autoria aprovado na Câmara de Mauá que prevê a criação de telefones públicos para surdos e mudos. A idéia do tucano é estender a proposta para o âmbito estadual.

O candidato foi metalúrgico dos 14 aos 36 anos, quando ingressou na política. Em 1999, filiou-se ao PSDB e em 2000 participou pela primeira vez de uma eleição, se candidatando a vereador. Foi eleito e reeleito em 2004. Em 2005, foi presidente da Câmara por 11 meses.

(Supervisão de Lola Nicolás)



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