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Presidente mundial da GM cogita fusão com a Fiat
Por Michele Loureiro
Do Diário do Grande ABC
01/05/2009 | 07:16
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O presidente mundial da GM (General Motors), Fritz Henderson, cogitou a hipótese de fusão entre as operações da montadora na América Latina e a Fiat. O anúncio polêmico e repentino causou descontentamento entre as centrais sindicais.

"Sabemos que a união entre as duas empresas trará diversos prejuízos aos trabalhadores metalúrgicos em qualquer lugar do mundo. Também sabemos que este tipo de negócio acarreta em fechamento de plantas e cortes de funcionários, tendo em vista lucros cada vez maiores", destacou o presidente da CNM (Confederação Nacional dos Metalúrgicos), Carlos Alberto Grana.

Esta não é a primeira vez que há ‘ estreitamento' de relações entre as montadoras. No ano 2000, a GM adquiriu 20% das ações da Fiat a um custo de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 4,4 bilhões) em uma parceria que uniu as linhas de montagem de motor e câmbio tanto na Europa como na América Latina.

A parceria foi desastrosa e chegou ao fim em 2005 por falta de recursos da GM. Mesmo assim, a rescisão custou aos cofres da empresa mais US$ 2 bilhões previstos no contrato com a Fiat. "Foi algo traumático e que ainda gera respingos até hoje em fábricas do leste europeu", completou Grana.

Juntas, a GM e a Fiat ocupam duas das três primeiras posições no mercado brasileiro e, se unidas, podem fazer da Fiat, que acabou de fazer um acordo com a Chrysler, o segundo maior grupo automotivo do mundo, atrás apenas da Toyota.

As duas companhias atuam no mesmo seguimento e para o mesmo público. "A concentração de poder é péssima tanto para os que atuam na produção como para o consumidor, pois diminui a concorrência e eleva o preço dos automóveis", lembrou o presidente da CNM.

Procurada pela reportagem, a GM do Brasil afirmou que não vai comentar as declarações do presidente mundial. (Com AE)




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