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BNDES poderá assumir controle da Eletropaulo
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05/03/2005 | 15:01
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A Eletropaulo, distribuidora de energia de São Paulo, pode ser "temporariamente reestatizada" dentro de um ano, caso a primeira parcela da dívida com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) não seja paga. O diretor de Crédito do banco, Roberto Timotheo, informou que neste prazo termina a carência e começam os vencimentos semestrais das debêntures emitidas pela AES Corp. (controladora da distribuidora), no valor de US$ 510 milhões.

"Se eles não nos pagarem, um tostão que seja, logo na primeira (parcela), eu converto (as debêntures em ações). No que converter, assumo o controle da empresa", disse o diretor, remanescente da equipe de Carlos Lessa.

Timotheo explicou que, na prática, a Eletropaulo hoje já é controlada pelo banco, que, embora não seja majoritário na participação acionária – detém 50% menos uma ação na empresa controladora – tem poderes estratégicos e logísticos na distribuidora. "Eles (AES) têm a administração do dia-a-dia da empresa e eu (BNDES) tenho a administração estratégica.

Aprovo o plano de negócios, tenho (banco) poder de veto. Temos poderes estratégicos e logísticos sobre o conjunto das empresas (da AES no Brasil), posições paritárias com eles nos conselhos de administração e majoritárias nos conselhos fiscais. Ou seja, a empresa está sob o nosso controle."

Da dívida de US$ 1,2 bilhão que a AES acumulou com o banco, o equivalente a US$ 600 milhões foram transformados em participação acionária.




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