Andinho deverá ser transferido para a capital paulista para depor sobre o assassinato. Atualmente ele está preso na penitenciária de segurança máxima de Presidente Bernardes, no Oeste de São Paulo. A data da transferência não está definida.

Segundo Geleião, o 'colega' teria matado o político por causa da intenção da Prefeitura em alterar linhas de lotação, prejudicando os negócios da quadrilha. Andinho possui várias linhas de lotação em Campinas, que estariam registradas em nome de ‘laranjas’. O criminoso não teria gostado da mudança de linhas proposta por Toninho, que seria parte de um novo sistema de transporte urbano.

A confissão de Andinho a Geleião teria ocorrido em um encontro entre os dois no presídio de segurança máxima de Presidente Bernardes, durante um horário de visita. Segundo o criminoso, a mulher de Andinho, inclusive, seria uma das ‘laranjas’ que mantinha um dos veículos.

A investigação da polícia já havia determinado Andinho e sua quadrilha como autores do crime, mas acreditava que a morte teria acontecido porque o prefeito não deu passagem a eles numa fuga no trânsito.

Segundo o promotor do caso, Roberto Porto, o depoimento de Geleião apenas reforça o processo pelo qual Andinho já responde. "É um fato considerado novo e que vai ser investigado", disse Porto à Rádio CBN.

"O depoimento de Andinho em São Paulo já estava marcado. Outros 16 líderes do PCC também devem depor por vários crimes", friou o promotor. No entanto, "logicamente" o caso do assassinato do prefeito será abordado.

Os líderes teriam envolvimento em ações contra prédios públicos, na morte de um policial militar em Campinas e também na tentativa de atentado contra o prédio da Bovespa.