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Bush: Ilegais deverão adotar cultura dos EUA
Por Da AFP
21/05/2006 | 09:36
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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, tentou ontem conciliar as divergências com a ala direita de seu próprio partido, em aberta rebeldia contra sua proposta de reforma migratória. Bush disse em mensagem semanal radiofônica que os imigrantes ilegais deverão adotar a "cultura comum" dos Estados Unidos antes de se tornarem cidadãos do país.

Ele se manteve firme em relação aos pontos básicos do plano, que pressupõem uma rigorosa segurança na fronteira, além de um programa relacionado ao trabalhador temporário e a eventual possibilidade de conceder cidadania americana a milhões de estrangeiros que vivem ilegalmente nos Estados Unidos, entre eles quase um milhão de brasileiros.

Alguns republicanos não concordaram com o plano de reforma migratória apresentado pelo presidente na segunda-feira passada. O presidente da nação mais poderosa do mundo havia anunciado o envio de "até 6 mil soldados" à fronteira com o México para impedir a imigração ilegal, mas negou que tal medida seja uma militarização da região.

"Em coordenação com os governadores (dos estados da fronteira), até 6 mil membros da Guarda Nacional serão enviados a nossa fronteira sul", afirmou Bush em discurso pela TV.

Durante um ano, os militares "prestarão ajuda à Guarda de Fronteira manejando sistemas de vigilância, analisando inteligência, instalando valas, construindo estradas para as patrulhas e dando treinamento", comunicou.

Paralelamente, Bush anunciou a contratação, até 2008, de 6 mil agentes para a Patrulha da Fronteira, que se somarão aos atuais 12 mil homens da força e substituirão os membros da Guarda Nacional na zona. O presidente defendeu a criação de um estatuto temporário para os imigrantes que realizem trabalhos rejeitados pelos americanos.

"Muros e patrulhas não vão deter a enorme pressão sobre nossa fronteira. Para que a fronteira seja segura, temos de reduzir o número de pessoas que tentarem passá-la clandestinamente", preconizou. "Temos de enfrentar a realidade de que já existem milhões de ilegais aqui", acrescentou Bush, que se declarou contrário a uma anistia aos cerca de 12 milhões de clandestinos que vivem hoje no país.




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