Não é segredo para ninguém que o ex-governador Orestes Quércia (PMDB) desistiu da missão de brigar por cadeira no Senado para cuidar da saúde. Mas a saída do pleito não significa necessariamente desligamento total da eleição deste ano. Por mais que o peemedebista não tenha ido até o fim, ele ainda precisará acertar contas com a Justiça eleitoral. No site do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), o ex-governador de São Paulo informou, na segunda prestação de contas, ter recebido R$ 143,7 mil em doações e ter gastado R$ 120,4 mil, o que significa saldo positivo de R$ 23,3 mil.

Quem também terá de fazer fechar a contabilidade é o ex-governável do Distrito Federal Joaquim Roriz (PSC), que renunciou após impasse no STF (Supremo Tribunal Federal) sobre recurso do então candidato, enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O veterano político terá de fazer a contabilidade de R$ 778 mil de receitas e R$ 635,8 mil de despesas, o que significa saldo no azul de R$ 142,2 mil. É... vida de político não é fácil mesmo...

Livre para pedir voto
Realmente o ex-vice-prefeito de Mauá Márcio Chaves (PT), que é candidato a deputado estadual, conseguiu se livrar do fantasma da Lei da Ficha Limpa. Após ter tido sua candidatura indeferida pelo TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral) por ter as contas rejeitadas no período em que comandou o Sama, Márcio comemorou ontem a decisão do ministro do TSE Arnaldo Versiani, que manteve o parecer da Procuradoria Geral Eleitoral e liberou o candidato. Em Mauá, tem político que não gostou.

Agonia até o último minuto
Os também candidatos à vaga na Assembleia Legislativa João Avamileno (PT-Santo André) e Diniz Lopes (PR-Mauá) não tiveram a mesma sorte e terão alguns dias de agonia até a eleição. É que a vice-procuradora geral eleitoral Sandra Cureau emitiu parecer pelo indeferimento das candidaturas dos políticos do Grande ABC. Agora, resta o julgamento do TSE. Pelo visto, eles ainda terão dor de cabeça até chegar domingo...