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Mais uma vez, chuvas e desastres
Por Almir Cicote
27/01/2011 | 07:26
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O luto caiu de novo sobre nosso País no começo de ano. As cenas são fortes demais, tristes demais. Vemos impotentes em relação à dor de perder centenas de milhares de pessoas. Vemos dezenas de corpos retirados, sem vida, dos escombros. Cenas que lembram uma guerra, devastação dos furacões, terremotos. Vemos vidas ceifadas com rapidez e violência. A cada ano isso se repete, e a cada ano todos se perguntam: de quem é a culpa?

Estes desastres não têm ideologia, não escolhem filiação partidária, cor, classe social, sexo ou idade. Alguns gritam "é o Estado", outros "é a natureza", outros "é o ser humano", outros " foram as administrações anteriores", e assim a discussão vai. Passados a dor e o choque, as culpas tendo sido distribuídas conforme o caso, vem em seguida o Carnaval, o campeonato de futebol, o BBB, e tudo é esquecido até a próxima tragédia.

Na verdade, todos esses fatores contribuem para desastres naturais que vêm assolando o País nos últimos anos, mas nenhum é maior que a falta de cobrança da população e desinteresse das autoridades quando o problema não está ocorrendo. E são problemas que podem não ter solução a curto prazo, mas com toda certeza podem ser minimizados e até sanados em alguns casos com ações preventivas. Não é diferente aqui no Grande ABC. Ações preventivas teriam custo monetário, social e humano bem menor se discutidas e tomadas. Vidas e bens públicos e privados seriam preservados, famílias não seriam desfeitas tragicamente, e o dinheiro economizado seria bem melhor empregado em outros benefícios.

No caso de Santo André, temos de verificar se as áreas de risco estão mapeadas e atualizadas, temos de procurar gargalos do sistema de escoamento pluvial, saber onde ocorre e com que intensidade, racionalizar recurso, fazer também educação ambiental com a população, e nestes lugares onde são mais frequentes os problemas criar mecanismos rápidos de comunicação com munícipes que moram em bairros com mais ocorrências.

Os munícipes devem funcionar como fiscais da natureza, impedindo que móveis, colchões, estofados e outros objetos sejam jogados nas ruas e córregos e impeçam a água de escoar. Somente envolvendo toda sociedade andreense poderemos começar solucionar estes problemas, e quem sabe, com a união de todos, sermos exemplo para outras administrações.

 

Almir Cicote é vereador (PSB-Santo André).




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