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Palestino é morto em Gaza; ministros de Qorei se demitem
Por Da AFP
07/08/2004 | 11:14
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O exército de Israel matou um adolescente palestino na manhã deste sábado no sul da Faixa de Gaza, enquanto outros quatro foram presos na Cisjordânia. As ações acontecem no momento em que dois ministros do gabinete do premiê palestino Ahmed Qorei pediram demissão.

Um adolescente palestino de 16 anos foi morto por disparos de soldados de Israel na Faixa de Gaza, informou o diretor do hospital de Rafah, Ali Mussa, que não soube precisar a identidade da vítima.

Um porta-voz militar israelense declarou que dois homens armados foram detectados perto de uma barreira de segurança em Sufa, em uma área proibida aos civis. O exército abriu fogo, matando um dos palestinos. O outro suspeito foi preso para ser interrogado.

No norte da Cisjordânia, quatro ativistas palestinos foram detidos por soldados israelenses, durante uma operação das Forças Armadas em Tulkarem, segundo fontes de segurança palestinas.

De acordo com o exército de Israel os detidos são um integrante das Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa, vinculadas ao Fatah de Yasser Arafat, e três militantes do movimento radical Hamas.

Logo após o amanhecer, 25 jipes e tanques do exército israelense invadiram Tulkarem, cercando várias casas. Várias testemunhas declararam que ouviram fortes explosões.

Demissão — No plano político, dois ministros palestinos apresentaram pedidos de demissão, um deles por causa de um conflito de autoridade, informaram fontes governamentais neste sábado. Os ministros demissionários são o da Justiça, Nahel al-Rayyes, e do Planejamento, Nabil Qassis.

"Nahed al-Rayyes apresentou sua renúncia há três dias por considerar que não podia cumprir suas funções por causa das diferenças com o Supremo Conselho Judicial", disse uma fonte do gabinete do primeiro-ministro Ahmed Qorei.

De acordo com uma fonte do ministério da Justiça, Rayyes decidiu abandonar o cargo "porque os tribunais e a promotoria não estão submetidos à autoridade do ministro da Justiça, como prevê a lei fundamental palestina".

Estas renúncias ocorrem em um momento no qual a Autoridade Palestina enfrenta uma crise interna e uma situação de anarquia na Cisjordânia e na Faixa de Gaza.

Em Jerusalém, quase mil policiais israelenses foram mobilizados na parte antiga da cidade e na área em torno da Esplanada das Mesquitas, o terceiro local santo do Islã, onde milhares de árabes israelenses devem participar do festival anual do movimento islâmico em Israel, informou a rádio militar.




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