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Centro de apoio ao setor plástico começa a operar no final do mês
Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
14/08/2005 | 10:47
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Instrumento para que as pequenas empresas do setor plástico localizadas no Grande ABC possam obter ganhos de competitividade no mercado, o Ciap (Centro de Informação e Apoio à Tecnologia do Plástico) inicia as operações no próximo dia 31, em espaço dentro da Fundação Santo André.

Resultado de projeto da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC que conta com recursos do Finep (Financiadora de Estudos e Pesquisas), do governo federal, e apoio técnico do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) da USP, da Fundação Santo André e do CNPq, o Ciap é visto como um programa importante para oferecer aos pequenos e micro empresários acesso a um suporte tecnológico e técnico que eles têm dificuldades de obter sozinhos.

"Temos experiência acumulada para a montagem de centros de informação tecnológica em pólos produtivos  para ajudar as empresas a se tornarem mais competitivas", diz a pesquisadora do Centro Tecnológico do IPT, Sônia Wada. O instituto treinou equipe da Faculdade de Engenharia que fará atendimento aos empresários. O Grande ABC é um pólo no segmento do plástico. Levantamento da Maxiquim Assessoria de Mercado apontou que há mais de 360 indústrias no Grande ABC, que juntas geram cerca de 18 mil empregos.

O secretário-executivo da Agência, Silvio Minciotti, destacou o fato de o centro ter nascido de reivindicação dos industriais que integram o programa de fortalecimento do APL (Arranjo Produtivo Local) do plástico da Agência. O programa visa o aumento da cooperação e integração entre empresas do ramo. "O Ciap veio como solução para uma necessidade que o APL detectou".

Um microempresário que integra o grupo do APL, Kenjiro Nakata, afirma que o centro poderá suprir uma lacuna na região. "A pequena empresa não tem condição financeira para ter acesso a tecnologias modernas. Hoje fazemos análise de materiais para o desenvolvimento de produtos de forma empírica, não científica", disse. A empresa de Nakata, a MF (Middle Field) Ltda, de Ribeirão Pires, produz utilidades domésticas e embalagens para indústrias cosméticas.

O coordenador do Ciap, Hamilton Viana, afirma que os serviços deverão ter custos bem mais em conta que os de mercado. Inicialmente os pequenos empresários poderão ter acesso a consultas sobre informações de mercado, processos, matérias-primas alternativas e tecnologias existentes.

"Havendo necessidade, também realizaremos ensaio de característica de materiais ou adequação de processos", diz. Daqui a um ano, a intenção é passar a oferecer também projetos de moldes, de prototipagem rápida, que poderão baratear em até 20% o custo do molde definitivo para os empresários do setor.




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