Faltando três meses para fechar o ano, o déficit da Previdência Social já soma R$ 24,731 bilhões, resultado 13,7% superior aos R$ 21,757 bilhões registrados no período de janeiro a setembro de 2004. No mês de setembro, as despesas do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) superaram a arrecadação em R$ 2,713 bilhões. Em relação a setembro do ano passado, o déficit caiu 2%, mas, em relação a agosto, houve elevação de 3,9%. Os dados foram divulgados quarta-feira pelo secretário de Previdência Social, Helmut Schwarzer.

Segundo ele, a estimativa é de um déficit de R$ 38,6 bilhões este ano, resultado de uma arrecadação projetada de R$ 108,3 bilhões frente a uma despesa de R$ 146,9 bilhões. Para Schwarzer, o motivo para a Previdência Social ter abandonado a meta de déficit de R$ 32 bilhões para este ano, anunciada pelo ex-ministro Romero Jucá, foi a frustração na adoção de medidas de contenção dos gastos.

O INSS não conseguiu deslanchar o recadastramento, que só agora está sendo colocado em prática, e que deverá levar à suspensão e posterior corte do pagamento de benefícios irregulares. Também não foi possível implementar várias medidas de contenção na concessão do auxílio-doença, devido à queda da medida provisória que tratava do assunto. Schwarzer explicou que, do lado da arrecadação, a Previdência Social vem cumprindo com folga as metas definidas pelo governo.