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Indústria plástica pega 'carona' nos ovos de chocolate
Por Luiz Federico
Do Diário do Grande ABC
09/04/2006 | 08:39
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A indústria do PVC (material plástico) quer aproveitar a sazonalidade da Páscoa para aumentar em 2% as vendas de fôrmas para a fabricação de ovos de chocolate. Os produtores de PVC pretendem pegar carona na expectativa de crescimento de 10% a 15% na comercialização de chocolate no varejo, de acordo com a Abras (Associação Brasileira de Supermercados).
Com alta flexibilidade, brilho e transparência, o PVC é um dos materiais mais procurados para embalagens decorativas e fôrmas para ovos de chocolate, principalmente para profissionais que aproveitam a Páscoa para reforçar o orçamento doméstico.
  
"O PVC é um dos poucos materiais que oferecem, além do aspecto estético, higiene, inocuidade e segurança no processo de produção de alimentos. No caso do ovo, a pessoa consegue ver o que está acontecendo com o chocolate", explica o diretor-executivo do Instituto do PVC, Miguel Bahiense.
  
Produção - O Grande ABC é protagonista na cadeia de produção do PVC. A Solvay Indupa, de Mauá - localizada no Pólo Petroquímico de Capuava - é uma das principais fornecedoras de matéria-prima dessa indústria. Outra empresa que abastece o segmento é a Braskem, que produz resinas em sua unidade de Maceió (AL).

Os insumos fabricados pela Solvay e Braskem (pequenos pedaços de PVC) são enviados para as empresas transformadoras (chamadas de terceira geração), responsáveis por unir essas resinas.

Desse processo industrial, surge uma chapa uniforme - conhecida como blister -, posteriormente moldada por ação de altas temperaturas em fôrmas para a fabricação de ovos de chocolate.

Além do mercado de doces, em que está presente há mais de 20 anos, o PVC é muito utilizado nos segmentos de embalagens para brinquedos, alimentos em geral, cosméticos, eletroeletrônicos, medicamentos e, principalmente, no setor da construção civil.

Segundo estimativas do Instituto do PVC, a produção do material cresceu 2,43% em 2005 em relação ao ano anterior, totalizando 690 mil toneladas no ano passado.

Desse montante, entre 60% e 65% são absorvidos pelo setor da construção civil, que fabrica com o PVC, entre outros produtos, tubos, conexões, janelas, pisos e forros. "Para 2006, ano eleitoral, estamos muito otimista com os pacotes do governo que já beneficiam a construção civil", completa o diretor Bahiense.




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