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Criança viva é dada como morta e colocada em caixao
Do Diário do Grande ABC
27/08/2000 | 19:39
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O Hospital Municipalizado Nogueira de Souza, em Casimiro de Abreu, na Regiao de Lagos, no Rio de Janeiro, atestou, neste sábado, que a menina Liones Fernandes Canuto, 2 anos, estava morta, enquanto ainda viva, foi levada para o Instituto Médico Legal de Macaé e chegou a ser transportada em um caixao em uma viatura do Corpo de Bombeiros. Liones, que tinha sintomas de meningite, realmente faleceu, mas nove horas depois que quatro médicos do hospital haviam constatado sua morte.

Com vômito, diarréia e febre, a criança foi internada na última sexta-feira. Os sintomas vinham sendo tratados como virose e se agravaram. Ela chegou a ser medicada com remédio para adultos.

No sábado pela manha, um médico, identificado apenas como Armando, afirmou que ela estava morta e pediu para que ela fosse encaminhada ao IML para necrópsia.

Um soldado do Corpo de Bombeiros que transportou Liones desconfiou que ela estava viva. Ele teria dito à família da criança que ela estava mole e parecia estar com febre. Como nao havia médico no hospital nesse momento, Liones foi levada até o IML.

De acordo com o pai da menina, Roberto Rivelino Canuto, uma perita do IML se recusou a examiná-la, dizendo que o laudo com a causa da morte deveria ter sido fornecido pelo hospital. A criança foi colocada em um caixao e levada de volta para Casimiro de Abreu.

O tio de Liones, Walmir Coelho, afirmou que entao percebeu que o coraçao dela batia e a menina mexia a mao. Ele pediu ajuda a uma médica, mas disse que ela se recusou a ajudar, alegando que Liones já havia sido atendida por quatro médicos. No início da noite de sábado, porém, a menina acabou falecendo.

O IML de Macaé irá realizar um exame, cujo laudo deve ser divulgado nesta segunda.

A família da vítima vai processar o hospital por negligência.




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