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Guardas israelenses agridem pacifistas judeus e árabes
Das Agências
03/04/2002 | 13:25
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Na estrada que liga Jerusalém à cidade de Ramallah, na Cisjordânia, os cassetetes dos guardas fronteiriços israelenses caem sem dó sobre os pacifistas, tanto judeus como árabes. O ataque começa sem aviso prévio e a descarga é brutal.

Os dois mil manifestantes reunidos em frente ao posto de controle de Al Raam, a 10 km da localidade onde o presidente palestino, Yasser Arafat, está cercado pelas tropas israelenses, estavam desprevenidos.

A multidão se movimentava sem incidentes até a chegada de uma caminhonete, com comidas e medicamentos, fretada pelos pacifistas com destino a Ramallah. Quando começavam os gritos em hebraico "Paz agora, não à ocupação!" ou em árabe "Palestina, Palestina!", soldados e policiais avançavam agredindo de súbito os manifestantes.

Os guardas fronteiriços, uniformizados, e membros das unidades antidistúrbios lançavam gás lacrimogênio e granadas ensurdecedoras contra os militantes do "Gush Shalom" (Bloco da Paz), uma coalizão pacifista, jornalistas e curiosos.

Militantes judeus vestidos de branco "símbolo da paz e da não violência" seguindo instruções dos organizadores da manifestação, mulheres árabes com kafiehs (tradicional pano com o qual cobrem a cabeça) brancos e pretos, jovens que levam na jaqueta um símbolo com as bandeiras palestina e israelense e velhos palestinos choram e expressam sua ira enquanto soldados e policiais sobem a avenida a passos rápidos.




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