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Problemas com dekasseguis está na agenda do presidente no Japão
23/05/2005 | 07:51
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O primeiro-ministro do Japão, Junichiro Koizumi, anunciará, durante o encontro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na próxima quinta-feira, em Tóquio, a criação de duas comissões de especialistas para examinar as questões médicas e educacionais dos imigrantes brasileiros naquele país. No dia seguinte, o presidente será recebido pelo imperador Akihito.

Segundo o jornal The Daily Yomiuru, o governo japonês decidiu concentrar-se nos dois temas mais preocupantes relacionados à comunidade brasileira: a relutância dos dekasseguis de integrarem-se ao programa de saúde pública do país e o elevado nível de crianças brasileiras que não comparecem às escolas.

Segundo o jornal, que citas fontes governamentais japonesas, as duas comissões devem ser criadas o quanto antes e as recomendações deverão influenciar as políticas dos ministérios da saúde, educação e relações exteriores.

Há cerca de 270 mil brasileiros vivendo hoje no Japão. Entre eles, cerca de dez mil crianças que não vão às escolas, pois não dominam o idioma japonês. Segundo o jornal, algumas dessas crianças se tornam “deliqüentes”. Mais da metade dos brasileiros não está inscrita na saúde pública por causa de limitações financeiras. Muitos não têm condições de recorrer ao atendimento médico privado quando necessário, agravando as dificuldades de saúde.

Durante a visita de Koizumi ao Brasil, em setembro, Lula havia pedido uma solução para o tema. O número de brasileiros que cometem crimes no Japão cresce ano a ano. Segundo estatísticas da polícia japonesa, entre os 8.898 estrangeiros detidos em 2004 sob suspeita de violação da lei, 1.116, ou 12,5%, eram nipo-brasileiros, superados apenas pelos chineses, que somaram 4.285.




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