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Contra o ‘liberou geral’
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30/07/2006 | 04:22
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A candidata do Psol à Presidência da República, senadora Heloísa Helena, acusou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva de irresponsável, por ter segurado recursos durante três anos e agora, em ano eleitoral, promover o que ela chamou de “liberou geral”, em troca de apoio político nos Estados. A afirmação foi feita ontem em Osasco,
na região metropolitana de São Paulo.

“É uma demonstração de irresponsabilidade fiscal e administrativa o governo patrocinar três anos de arrocho, de contingenciamento, de não liberação de recursos e, no ano eleitoral, fazer o liberou geral, num verdadeiro desvario. Isso é muito grave administrativamente e também para a democracia brasileira e não pode acontecer”, disse a candidata, rodeada por militantes dos partidos da Frente de Esquerda que apóiam sua candidatura. A senadora caminhou pelo calçadão do centro de Osasco e cumprimentou populares.

Ao falar sobre a crise do sistema previdenciário do país, que estaria com um rombo em suas contas, a candidata disse que o rombo é uma invenção. “Não existe rombo”, afirmou. “Isso já foi demonstrado com toda exatidão pelo Tribunal de Contas da União ao analisar as contas do governo de 2005. A seguridade social é superavitária em 52 bilhões.”

Heloísa Helena contradisse os dois candidatos que estão à sua frente nas pesquisas de intenção de voto, do PT e do PSDB, afirmando que não há necessidade de novas reformas na Previdência. Disse até que existe a possibilidade de se ampliar os benefícios pagos, em vez de reduzi-los: “Agora, em dezembro, com a extinção da desvinculação de receitas da União, existe possibilidade concreta de ampliar o atendimento na área da saúde pública e assistência social.”

Indagada sobre quais direitos poderiam ser ampliados, a senadora respondeu: “Isso inclui a aposentadoria para as donas de casa.” Heloísa foi expulsa do PT por ter se recusado a votar favoravelmente na reforma previdenciária proposta pelo governo do presidente Lula.

A candidata disse que o pacote cambial anunciado nesta semana pelo governo para possibilitar aos exportadores manter 30% das receitas obtidas com as vendas externas fora do Brasil, “aumenta a vulnerabilidade externa do país’’. Ela explicou que o setor exportador tem de ser prestigiado com alteração na atual da política econômica. “Os juros altos, o câmbio e o aumento da importação desestruturam os parques produtivos nacionais.”




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