Usar a ponte de madeira que atravessa o Rio Tamanduateí na Avenida dos Estados, altura do Moinho São Jorge, em Santo André, é a última opção dos moradores do bairro Santa Terezinha. Os degraus estão soltos e algumas tábuas podres balançam quando são pisadas. É possível ver o Rio Tamanduateí olhando para os pés enquanto se atravessa a estrutura.

"É perigoso, tenho medo de passar e cair no rio por causa das madeiras bambas. Sem contar que é bem fácil de ser assaltado ali, não tem segurança", disse a aposentada Ester Cestari, 61 anos.

Outro problema constatado pela equipe do Diário foi a dificuldade para se chegar até a ponte. Há faixas de pedestres na Avenida dos Estados, mas os motoristas não param. A espera para atravessar, nos dois sentidos, é de mais de cinco minutos.

A também aposentada Irene Teixeira, 67, prefere andar cerca de 10 minutos a mais e utilizar a ponte para os carros, que possui calçada para pedestres. "O trânsito é péssimo e só tem essa passarela aqui perto, que faz tempo que ninguém arruma. Prefiro andar um pouco mais e me sentir segura a arriscar minha vida."

Ela estava com um carrinho de feira para compras. "Se com os buracos na ponte, é praticamente impossível passar com ele vazio, imagina cheio de coisas."

A Prefeitura de Santo André afirmou, por meio do Departamento de Manutenção e Obras, que irá deslocar uma equipe para realizar a vistoria na estrutura do equipamento.