O Palmeiras pode voltar a Tóquio mais cedo do que os torcedores imaginavam. O regulamento para a decisão do Mundial Interclubes não permite que um time que não seja sul-americano dispute o título no Japão. Então, basta que o alviverde chegue à final da Copa Libertadores contra o Cruz Azul para que a equipe retorne à capital japonesa no fim do ano. As probabilidades são grandes, porque o time do técnico Celso Roth depende de uma vitória simples sobre o Boca Juniors, quarta-feira, no Parque Antártica, e o Cruz Azul pode até perder do Rosário Central por um gol de diferença, quinta-feira, na Argentina.

A notícia foi divulgada nesta sexta pelo chefe de Comunicação da Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol), Nestor Benítez. “O regulamento da competição determina que time sul-americano deve estar presente em Tóquio”, disse.

Portanto, mesmo que o Cruz Azul seja o campeão da Libertadores, não poderá disputar o título mundial contra o Bayern de Munique, da Alemanha, vencedor da Liga dos Campeões. “O México não é filiado à Conmebol, que organiza a Copa Libertadores da América, mas à Concacaf. Foi combinado entre a Uefa e a Conmebol, antes do início da competição, que apenas equipes da América do Sul poderiam representar o continente na disputa do título, em Tóquio”, afirmou Benítez.

Segundo Benítez, o Cruz Azul é um time convidado pela Confederação. E por estar situado na América do Norte, o clube também não tem o direito de jogar a final da Libertadores na Cidade do México. A equipe terá de escolher uma cidade sul-americana.

O técnico Celso Roth prefere não festejar antes da hora. Afinal, em 1999, o clube disputou o título mundial contra o Manchester United, da Inglaterra, e perdeu por 1 a 0 – gol marcado por Keane –, após falha do goleiro Marcos. O retorno ao Japão servirá também de consolo para o alviverde, que havia se preparado para disputar o Mundial de Clubes da Fifa, em julho e agosto, na Espanha. A competição foi adiada para 2003 e a presença do Palmeiras não está garantida.