Artigo

O ano de 2012 acabou há poucos dias, mas em questões de sustentabilidade, deveríamos ter dado o ano por encerrado em 22 de agosto, quando tudo o que consumimos até então o planeta ainda tinha condições de renovar. De lá até o dia 31 de dezembro o tudo que utilizamos de água, alimentos e biodiversidade não poderá mais ser recuperado.

O dado é do Global Footprint Network e é importante alerta para quem planeja o futuro. O mundo dispõe de estoque de recursos renováveis e a cada ano esse estoque diminui em razão de não conseguirmos conciliar o desenvolvimento econômico com a preservação do planeta. Para comportar nossos padrões de consumo, o planeta tinha de ser 56% maior, ou a população 36% menor e, assim, manter equilibrado o consumo com a renovação.

No Brasil, nota-se que consumimos 30% da capacidade de renovação dos nossos recursos naturais, ou seja, bastante abaixo da capacidade de renovação, o que nos concede uma poupança de sustentabilidade, já que ano após ano permitimos que os recursos sejam renovados. Essa constatação nos coloca na vanguarda da sustentabilidade. Mas, claro que há muito por fazer, já que nosso consumo de recursos naturais cresce a cada ano.

O mundo tem de agir em conjunto para pensar em sustentabilidade global e nós temos papel fundamental nesse cenário. Temos a condição de mostrar que é possível ajudar a quebrar alguns paradigmas que tanto atrapalham o desenvolvimento sustentável.

Em suma, se queremos ser sustentáveis (e não vejo outro caminho), temos de fomentar o diálogo e a visão compartilhada dos problemas a se resolver. Já estamos avançando nas questões climáticas em termos científicos e de diálogo político, e essa agenda tem que permear todos os outros aspectos da organização global.

Que tal em 2013 nos engajarmos nas questões mais amplas? Sairmos da nossa zona de conforto e atuarmos em conjunto para o bem maior? Que tal se conseguíssemos reverter a tendência de superconsumo e termos como meta comemorar o ano novo em setembro em 2013, outubro em 2014, novembro em 2015 e dezembro em 2016? Cabe a cada um dos 7 bilhões de habitantes dar sua contribuição.

Felipe Bottini é consultor sênior e cofundador da Green Domus Desenvolvimento Sustentável, Neutralize Carbono e consultor especial do Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento).

PALAVRA DO LEITOR

Enchentes

Grandes e tristes alagamentos continuam em várias cidades, não só no Grande ABC como em muitas outras regiões do País. Aí não faltam vozes, mesmo apresentadores de TV a dar palpites para soluções impossíveis sobre problema tão grave, mas nunca comentam o verdadeiro motivo do causador da tragédia. A água sempre teve seu espaço, agora ocupado pelo homem sem a mínima consideração pela força da natureza, que não negocia seus direitos. Portanto, dê a água aquele espaço que sempre fora dela e não haverá mais enchentes. Mas, isso é impossível! Perfeito, então cabe ao homem, com sua imaginação criativa, conseguir reparar o mal que ele mesmo criou.

Américo Del Corto, Ribeirão Pires

Esperar ônibus: saga

A tarifa de ônibus aumentou, mas algumas linhas continuam na mesma, sem fiscalização, sem respeitar os usuários, passageiros pagantes. A Linha I 01, mesmo nos dias normais, sem problemas de chuva, enchente, trânsito parado, deixa os passageiros esperando além do tempo estipulado, não cumpre horários etc. Se tem sete veículos na linha, por que não tem saída de ônibus da Fundação Santo André? Os ônibus param, pegam os passageiros e saem sem tempo de espera, como fazem as outras linhas, como Palmares (B47 e B63). Nos fins de semana é o caos, pois não sabemos quando vai ter ônibus.

Luiz Ramos, Santo André

Sem esperança

Os reeleitos e os novos empossados sempre nos trazem certa esperança de que as coisas podem mudar. Infelizmente, também desta vez não está sendo assim! É o caso do ex-prefeito de Diadema. Perdeu a eleição, mas não a ‘boquinha'. E o que é pior, vai para o governo do Haddad não para contribuir com a administração, e sim visando sua candidatura à próxima eleição a deputado estadual! E os adeptos de seu partido não veem esse descalabro! Continuam batendo palmas e votando da mesma maneira.

José Bueno Lima, Santo André

PT São Caetano

Esse pessoal do PT não tem jeito mesmo! Lendo este Diário, fiquei indignada com a petulância do vereador Pio Mielo (Política, dia 10)! Ele vive reclamando do governo desde que o doutor Paulo Pinheiro ganhou a eleição, está sempre insatisfeito. A última é que o prefeito não pode governar sem a assinatura dele, porque a posição é muito importante na Câmara como primeiro secretário. Senhor Pio, é bom não ser uma pedra no caminho do doutor Paulo! O senhor está no governo para o bem do povo e não para o ‘bem' do PT. A sua ambição está em nível muito elevado. O Edgar Nóbrega caiu assim. O seu partido está desmoronando! O senhor está no seu primeiro mandato, não sabe como funciona. É melhor não dar um pio.

Nilzete Oliveira, São Caetano

Escolas fechadas

Sou moradora de São Caetano há seis anos e dentre um dos objetivos na minha vinda a essa cidade era a área de Educação. Pois neste ano, para minha surpresa, estou tendo de pagar durante as férias uma pessoa para tomar conta da minha filha mais nova, porque, diferentemente dos anos anteriores, a escolinha na qual ela estuda não ficou aberta durante o período das férias escolares. Gostaria de saber por que tratar dessa forma nós, mães, que precisamos trabalhar e não temos onde deixar nossos filhos?

Roseli Calveiro, São Caetano

Hora de voltar

A ministra Eliana Calmon assume temporariamente a presidência do Superior Tribunal da Justiça. Há quem tenha perguntado por onde andava a paladina da Justiça, que causou verdadeiro tsunami como corregedora. Aliás, ela ficou pouco tempo nesse seu papel moralizador. É uma pena!

José Marques, Capital