Palavra do Leitor Titulo Palavra do leitor
A relação com o tempo
Do Diário do Grande ABC
19/09/2020 | 09:10
Compartilhar notícia


A história nos lembra de que os primeiros seres humanos venceram o tempo para dominar a natureza, depois, o tempo foi dominado pelo homem e, agora, o homem parece dominado pelas criações. E tudo isso para estar sempre um passo à frente, pensando no futuro, afogados em compromissos, reuniões e pendências. Mas, afinal, qual a relação que temos com o tempo? Talvez a de guerra, estabelecida desde que nos declaramos produtivos, ou uma fuga para não admitir impotência? 

Dentre aparentes desvantagens, há um grande benefício que é a oportunidade que o tempo nos empresta para refletirmos sobre para o que viemos. Nesse embrulho com tantas emoções, pode emergir uma vontade incontrolável de esquecer o tempo, as demandas externas e se voltar à qualidade dessa utilização, abandonando o sutil reconhecimento do estar sempre ocupado por uma jornada de fato produtiva. 

O processo de escolha e de como empregá-lo, pode desenhar a intensidade, indo além das 24 horas que todos temos por dia, de forma limitada. Quando estamos na companhia de quem amamos ou realizando uma atividade prazerosa, não percebemos o tempo passar. Nesses momentos sintonizamos o estado de flow, ou seja, sua natureza em perfeita comunhão. É claro que vivemos fases de entregas e necessidades distintas, e assim dispomos da energia necessária a cada uma. Há muitos que, como em um jogo, não avançam as fases, e continuam investindo em um ciclo que não muda. 

Há o sentimento de inacabado quando, por mais que façamos, a sensação é de que ainda há muito por fazer, nos tornando reféns de um universo paralelo onde nada é o suficiente. Mas, como definir qual o seu momento atual, administrando tantas turbulências e ruídos e ainda se ater ao tempo que parece estar sempre jogando contra? 

Rever o conceito multitarefa pode ser grande alternativa. Vale lembrar que não somos programas, embora sejamos programáveis. Observar-se na necessidade de ser informado, consultado e envolvido em tudo, também é um exercício na liberação do seu espaço, dando vasão para real contribuição. 

O tempo de qualidade passa a ser construído e degustado de forma nova, com sabores desconhecidos pela maioria, revelando talentos e potencialidades. Planejar a ascensão deve ser um projeto, e só é pouco, quando realizada apenas como possibilidade de ganho financeiro. E, se você não souber por onde começar, já considere um início. Afinal, para vermos o arco-íris precisamos reconhecer a tempestade. Decisões são construídas, e ao deixarmos a consciência fluir, reequilibramos o ecossistema, firmando paz com o mais ativo dos capitais. O tempo, o seu tempo.

Iara Souza é especialista em desenvolvimento humano e diretora da PlenamenteDH.

Força da fé

“Pois em verdade vos digo, se tivésseis a fé do tamanho de um grão de mostarda, diríeis a esta montanha: Transporta-te daí para ali e ela se transportaria e nada vos seria impossível.” (Mateus, 17:14 a 20.) Logicamente, essa declaração não deve ser levada ao pé da letra, pois Jesus sempre se manifestou por meio de parábolas. As montanhas a que Ele se refere são nossas imperfeições morais, como o orgulho, a vaidade, a falta de humildade, enfim, as atribulações de nossa vida terrena. Portanto, serenemos nossos corações e entendamos que as turbulências são necessárias para nosso aprimoramento. Tenhamos fé, pois no tempo certo todos atingirão sua evolução moral; tenhamos fé e o Brasil continuará seguindo a passos largos rumo ao seu futuro, consolidando-se como a pátria do evangelho, como o celeiro do mundo! A fé e a confiança em Jesus, o timoneiro dessa grande nave chamada Terra, nos dá essa certeza!

Vanderlei A. Retondo

Santo André

Pensamento holístico

Que alentador ler a missiva do meu amigo e parceiro de ofício, o professor Renato Alencar Dotta (Opinião, ontem), que é um ser vivente sempre em busca do conhecimento, sem véus e ranços. Estou de pleno acordo com suas pertinentes considerações.

João Paulo de Oliveira

Diadema

Enel, outra vez

Gostaria de relatar, resumidamente, o quanto foi desgastante ter que enfrentar um problema de falta de energia elétrica com a irresponsabilidade da empresa Enel. No início da madrugada do dia 15, aconteceram fortes explosões em um poste, em frente nosso imóvel. Em seguida as luzes se apagaram, na rua e nas residências. Na nossa casa uma lâmpada explodiu e depois verificamos que alguns interruptores foram danificados. Imediatamente ligamos no 08007272196, no menu opção 3, para emergências. Após explicar o que havia ocorrido, ficaram de verificar. Antes, vizinhos também ligaram. A energia foi restabelecida nas casas vizinhas, menos na nossa. A partir daí o martírio começou. Foram muitas ligações, mensagens à Enel em rede social, e absolutamente nenhuma solução. Apenas no dia 16, às 14h, dois técnicos apareceram e fizeram o devido conserto. 38 horas após a primeira reclamação. O atendimento dessa empresa é de desserviço. Desrespeito ao consumidor, descaso (inclusive de uma funcionária mal educada). Coitado do povo paulista. Agradecemos pela atenção de três funcionários do Diário: Rosenilda (Melo da Cruz, telemarketing), Anderson (Fattori, redação) e Vinícius (Castelli, redação). Esses sim, educados, atenciosos e prestimosos. 

Maria do Carmo Ribeiro

Santo André

Filme sem final feliz

A Operação Lava Jato segue seu trabalho e apresenta nova denúncia contra o ex-presidente Lula. É a primeira vez que Lula é acusado por lavagem de dinheiro? Entre 2013 e 2014, R$ 4 milhões da Odebrecht foram repassados ao Instituto Lula, a origem do dinheiro eram contratos da Petrobras, fraudados em licitações. Se até hoje nada ficou esclarecido, passados mais de seis anos, alguém acredita que vai dar em alguma coisa? Em breve, estaremos estarrecidos com as fraudes em contratos sem licitação por ocasião da Covid. Até a denúncia, investigação e possível punição, os crimes estarão prescritos. Assim os filmes se sucedem no Brasil, sem final feliz para aqueles que pagam a conta da roubalheira.

Izabel Avallone

Capital

Rio, ontem e hoje

Já há alguns bons anos o problema da cidade do Rio de Janeiro era falta de água, mas desde algum tempo, mesmo banhada por bilhões de reais em royalties da Petrobras, está endividado, quase falido, e o envolvimento de seus governadores e o atual prefeito em corrupção. Inexplicavelmente, o prefeito foi aliviado pela Câmara de impeachment, num claro atestado de contaminação política cooperativa para o mal. A eterna Cidade Maravilhosa não merece tamanho destrato.

Humberto Schuwartz Soares

Vila Velha (ES)

As cartas para esta seção devem ser encaminhadas pelos Correios (Rua Catequese, 562, bairro Jardim, Santo André, CEP 09090-900) ou por e-mail (palavradoleitor@dgabc.com.br). Necessário que sejam indicados nome e endereço completos e telefone para contato. Não serão publicadas ofensas pessoais. Os assuntos devem versar sobre temas abordados pelo 




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;