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Idade de funcionário de pequenas cresce
Por Soraia Abreu Pedrozo
Do Diário do Grande ABC
01/09/2010 | 07:03
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Durante esta década, as MPEs (Micro e Pequenas Empresas) mudaram o perfil de seus empregados, diminuindo a participação de jovens e ampliando a de adultos. Se no início dos anos 2000 a maior parte dos funcionários dos micro e pequenos negócios do setor da construção civil era composta por trabalhadores de até 29 anos (37,4% do total), em 2008 esse índice caiu para 31,1%. Por outro lado, a participação de adultos com 40 anos ou mais no segmento cresceu, passando de 33% no início da década para 40,2% dois anos atrás.

A inversão do cenário se explica pelo aumento da escolarização. Entre 2000 e 2008 foi expressiva a melhora do nível de escolaridade dos empregados da MPEs. A proporção dos que têm Ensino Médio completo dobrou no período, saltando de 21,6% no início da década para 42,1% em 2008.

Os dados constam no Anuário do Trabalho na Micro e Pequena Empresa, realizado pelo Sebrae Nacional em parceria com o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos).

Dentre as microempresas, o setor que demonstrou maior ampliação de funcionários com o Ensino Médio completo foi a indústria, aumentando de 14,7% em 2000 para 36,1% há dois anos. Em seguida, aparece o setor de serviços, com expansão de 17 pontos percentuais na participação dos trabalhadores. Na construção, embora haja predominância do Ensino Fundamental incompleto, situação em que se encontravam 37,9% dos empregados em 2008, em 2000 o quadro era muito pior: 57,8% se encontravam nessa situação.

Nas pequenas, em 2008, 50,4% dos trabalhadores do comércio tinham cursado o Ensino Médio completo, seguido pelos de serviços (37,5%) e da indústria (36,1%). A participação de funcionários cursando ou com Ensino Superior concluído atingia, em 2008, 13,4% nos serviços, aproximadamente 8,0% no comércio e na indústria e 5,2% na construção.

Na avaliação do analista da unidade de gestão estratégica do Sebrae, Leonardo Mattar, um dos maiores destaques do estudo foi o crescimento da formalização das MPEs. Entre 2000 e 2008, elas foram responsáveis por aproximadamente 54% dos empregos formais do País.

No período, os empregos cresceram a taxa de 4,6% ao ano nas microempresas e de 6,1% ao ano nas pequenas. "Houve grande melhora na condição do empresário, que passou a sair da informalidade. Também realizamos amplo trabalho com as MPEs durante todos esses anos, fornecendo alternativas e mostrando os caminhos para que eles se formalizassem", explica.




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