Memória Titulo
Chegam os Scarpelli, forma-se um sítio, vai nascer um bairro

A trajetória da família Scarpelli em Santo André forma uma linha do tempo...

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
10/06/2012 | 00:00
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A trajetória da família Scarpelli em Santo André forma uma linha do tempo com ingredientes fortes na construção da própria história do Grande ABC. Os Scarpelli pioneiros chegaram na última década do século 19. A futura Avenida Pereira Barreto estava sendo construída. O trânsito principal entre Santo André e São Bernardo se fazia pelo Caminho do Pilar.

DÉCADA DE 1890
Vicenzo e Narciza Scarpelli chegam ao Brasil e se estabelecem num ponto entre o Caminho do Pilar e a Estrada da Vila - hoje Avenida Pereira Barreto. Ali foi o Sítio Scarpelli, depois loteado com o nome de Vila Scarpelli. Vicenzo e Narciza são os avôs paternos do Dr. Luiz Scarpelli.

1908 - Igino Scarpelli e Silvia Bracciali se casam na Matriz de São Bernardo, Sr. Igino nascido em 1887 e dona Silvia nascida em 1888, ambos de Aretzo, na Toscana. O casal passa a residir na Rua General Glicério, numa casa próxima a uma bica do Córrego Carapetuba, afluente central do Rio Tamanduateí - não havia serviço de água canalizada em Santo André.

Tiveram sete filhos: Afonso, Ida, Ernesto, Armando, Mario, Luiz e Yolanda.

1913 - Sr. Igino, que trabalhou na Streiff, constrói uma casa na Rua Correia Dias, já demolida, onde hoje funciona uma agência dos Correios. O material de construção foi fornecido pelo Sr. Américo Pezzolo, que trabalhava no ramo de construção.

1922, 8 de junho - Luiz Scarpelli nasce nessa casa da Rua Correia Dias.

AMANHÃ NA SEMANA DR. LUIZ SCARPELLI - O primário em Santo André, o ginásio no Brás, o científico na Rua São Joaquim. E o sonho de cursar medicina.

NEWS SELLER HÁ 50 ANOS
Domingo, 10 de junho de 1962
Manchete - São Bernardo abre exposição industrial da região do ABC.
Futebol de salão - Primeiro de Maio campeão do Troféu Bandeirantes: consagração é alcançada em Rio Claro.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS
Quinta-feira, 10 de junho de 1982 - Nº 4924
Manchete - Sírios não resistem ao avanço de Israel. Argentina descarta rendição das tropas.
Acidente aéreo - Famílias não conseguem identificar as vítimas do Boeing que caiu em Pernambuco.
Editorial - A queda do Boeing e a crise.
Futebol - Ontem, no Volkswagen Clube: EC São Bernardo 0, Cruzeiro 0. O Esporte está na final regional da Segunda Divisão.

EM 10 DE JUNHO DE...
1922 - Ovídio Perrella nasce em São Caetano. Um dos mais antigos colaboradores dessa página Memória.
- Atriz Bibi Ferreira nasce em Salvador (BA).
1962 - Circula, em Santo André, o número 1 do jornal Tribuna de Utinga.
1972 - Médium baiano Divaldo Pereira Franco inaugura a Livraria Espírita João Ramalho, à Rua General Glicério, 425, em Santo André.

HOJE
Dia da Artilharia, Dia da Língua Portuguesa, Dia do Pastor e Dia da Raça.

SOS MATARAZZO
(O pedido de estudos nº 16/01359/08) 

São Caetano, cidade modelar, tem suas ilhas de miséria, entre as quais as ruínas do desaparecido parque industrial da Matarazzo, no bairro Fundação: 18 mil metros quadrados pertencem à Prefeitura, o restante ainda é particular.

A Prefeitura de São Caetano elaborou um relatório sobre a área. Esse relatório está na Cetesb, para análise. Em pauta, o risco para a população de um sítio onde funcionaram unidades químicas que podem ter contaminado o solo.

Os órgãos públicos municipais têm sempre à mão um número: 16/01359/08. Trata-se de um pedido de estudos. O oito de 2008? Pois é: quatro anos se passaram e o futuro do antigo império continua nebuloso. 

É preciso lembrar que essa história de contaminação é bem mais antiga, como mostra o historiador Everton Calicio. E como mostramos no livro sobre os 70 anos do Sindicato dos Químicos do ABC, lançado no mesmo 2008.

A CONTAMINAÇÃO
Texto: Everton Calício

Final da década de 1980. A fábrica de BHC da Matarazzo, em São Caetano, é definitivamente fechada. Motivo: a morte de um operário contaminado por produtos químicos. O fato abriu um precedente na legislação ambiental e determinou o fechamento das unidades Matarazzo produtoras de BHC e de defensivos agrícolas.

Permaneciam em funcionamento em São Caetano apenas as unidades de fabricação de tecido não tramado (TNT) Matflex, e a Cerâmica Matarazzo, que fabricava azulejos.

É dessa época um projeto da Matarazzo de transformar o terreno de São Caetano em um shopping e parada de caminhoneiros. Os equipamentos ocupariam uma área de 600 mil metros quadrados.

A descoberta da contaminação do local pelo BHC fez com que o projeto fosse abandonado. Uma história que se arrasta há mais de 20 anos.

SANTOS DO DIA
Amâncio, Deodato, Getúlio, Itamar, Luciliano, Margarida e Olívia.
Fonte: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2012.
Na foto, um anjo porta-palma. Século 18. Madeira policromada. Procedente da Matriz de Nossa Senhora do Pilar, Ouro Preto(MG).
FONTES: Museu de Arte Sacra de São Paulo; Andréa Maria Zabrieszach Afonso dos Santos, museóloga; foto: Iran Monteiro. Contatos: 3326-1373; 5393-3336; mas@museuartesacra.sp.gov.br.

FALECIMENTOS

JOSÉ MANTOVANI
(Bueno Brandão, MG, 5 de março de 1925 - São Paulo, 4 de junho de 2012)

José Mantovani não cursou faculdade. Fez muitos cursos técnicos, até na Politécnica de São Paulo. E herdou do pai e avós a vocação de construtor. O nome Mantovani, em Santo André, é a marca de edifícios modernos muito bem feitos, fortes, de linhas clássicas. 

Ele levou bem alto o nome da sua construtora, a Mantovani, que teve uma grande experiência também em São Bernardo.

"Papai fazia cálculos de concreto de cabeça, mandava para o calculista e estava sempre certo" - conta Sibele, uma das filhas.

Mantovani chegou a Santo André com 17 anos. Veio sozinho, para trabalhar. Trabalhou muito, tornou-se um vencedor e constituiu uma linda família com a esposa Elza Pereira, com quem teve quatro filhas: além de Sibele, Silmara, Simone e Selma. Criou também duas netas, Adriana e Daniela, filhas de Silmara, que partiu precocemente.

E agora a partida do Sr. José Mantovani, aos 87 anos. Está sepultado no Cemitério da Saudade, em Vila Assunção. Deixa a esposa dona Elza, as filhas, seis netos - além de Adriana e Daniela, Marcella, Rodolfo, Giovanna e Eduardo - e a primeira bisneta, Glória. A missa de sétimo dia será celebrada neste domingo, às 19h, na Catedral do Carmo.

SANTO ANDRÉ
José Carlos Moutinho, 68. Natural de Ipauçu (SP). Dia 6. Cemitério Curuçá.
Sebastião Barbosa Ferreira, 59. Natural de Santa Rita Sapucaí (MG). Dia 2, em São Bernardo. Jardim da Colina.

SÃO BERNARDO
Arnaldo Pereira Rocha, 68. Natural de Santo Inácio (PR). Dia 1º. Cemitério de Boituva (SP).
Sueli Ferreira de Castro Pereira, 51. Natural de Uberaba (MG). Dia 2. Jardim da Colina.
Aluisio José Stevam do Nascimento, 45. Natural de Catende (PE). Dia 6, em Santo André. Cemitério dos Casa.

SÃO CAETANO
José Francisco Sobrinho, 53. Natural de Teçaindá, distrito de Martinópolis (SP). Dia 2. Cemitério das Lágrimas.

Serviços Funerários: Santo André - 4433-3544; São Bernardo - 4330-4527; Diadema - 4056-1045; Mauá - 4514-7399; Ribeirão Pires - 4828-1436; Rio Grande da Serra - 4820-4353.
Para anunciar um falecimento, ligue para 4435-8000.




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