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Garota é assassinada no lugar do irmão
Mário César de Mauro
Do Diário do Grande ABC
21/10/2001 | 19:33
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A adolescente Diana da Silva Pansanato, 17 anos, foi assassinada a tiros por dois homens de cabelos grisalhos dentro de casa, na rua Chico Mendes, no Jardim Zaíra, em Mauá. O crime aconteceu às 23h50 de sábado. A polícia ainda não sabe quem são os assassinos. Diana foi morta no lugar do irmão, um rapaz conhecido como Sapeca. Ela era casada com o auxiliar de manutenção Erivaldo Martins de Almeida, 25, que também estava na casa e só não morreu porque conseguiu pular o muro dos fundos e fugir. Segundo um familiar, Sapeca está jurado de morte, possivelmente por dívida de drogas.

“O Sapeca está fugido, ninguém sabe dele. Sabemos que ele está encrencado. Existem pessoas que querem matá-lo, provavelmente por causa de drogas”, disse um familiar, que não quis se identificar.

Antes de invadir a casa para matar a adolescente, os assassinos usaram uma jovem para saber se Sapeca estava na casa da irmã. Em seu depoimento no 1º DP de Mauá, onde o caso foi registrado, o auxiliar disse que a desconhecida chamou por Diana, ela abriu a porta e ambas conversaram rapidamente.

“A garota perguntou para a Diana sobre o Sapeca, e ela disse não saber do irmão. A desconhecida insistiu, mas logo foi embora”, disse um parente.

Ao deixar a casa, a jovem se encontrou com os dois homens grisalhos, que aguardavam ao lado da casa, dentro de um carro. Os atiradores sacaram as armas e seguiram para o crime.

Nesse momento, Almeida percebeu a chegada dos assassinos, correu e pulou o muro. Diana havia acabado de entrar no banheiro e não teve tempo de escapar. “Almeida saiu para ver quem era a moça e viu os caras armados. Teve tempo apenas de correr. Diana estava no banheiro e o marido não teve como salvá-la. Se ficasse, teria morrido também”, disse o familiar.

Sem dizer nenhuma palavra, os assassinos executaram a dona de casa com três tiros. Um na cabeça e dois no peito, e fugiram em seguida. “Mataram-na no lugar do irmão.”

Diana foi levada para o hospital, mas morreu. Ela e o auxiliar viviam juntos há quatro anos. O casal possui uma filha de três anos de idade, que na hora do crime estava com os avós num outro bairro de Mauá.




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