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Funcionário do governo Garotinho inocenta fiscais
Do Diário OnLine
27/02/2003 | 15:35
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A Comissão Parlamentar de Inquérito instalada na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro continua tomando depoimentos de testemunhas arroladas no processo que investiga corrupção na Secretaria de Fazenda do Estado, nesta quinta-feira. O primeiro a ser ouvido foi o presidente da Junta de Revisão Fiscal do governo de Anthony Garotinho, Jonathas Barbosa Pinheiro, que inocentou os fiscais envolvidos nas acusações.

Ele contou que o ex-subsecretário de Administração Tributária da Secretaria de Fazenda do Rio Rodrigo Silveirinha, acusado de comandar o esquema de corrupção, tinha reuniões periódicas com a Junta para receber autos de infração que traziam o nome das empresas envolvidas em irregularidades e que deveriam ser multadas.

Jonathas garantiu aos deputados que compõem a CPI que nunca recebeu orientação de Silveirinha para cometer irregularidades. Ele disse acreditar que o alto número de multas canceladas pode ter sido provocado pelo acúmulo de trabalho da junta. Para ele, o cancelamento de 125 multas, três dias antes de deixar seu cargo, foi um processo normal para limpar as gavetas.

Nesta quinta, a CPI recebeu um relatório da Junta com as 17 maiores multas canceladas. De acordo com o levantamento, apenas uma das empresas deixou de pagar R$ 200 mil ao Estado.

Depois do depoimento de Jonathas, foi a vez do presidente do Conselho de Contribuintes das administrações de Garotinho e Benedita da Silva, Roberto Lippi Rodrigues, falar aos deputados.

Ele revelou que a quantidade de multas canceladas pela Junta é “absurda”. Lippi diz ter conhecimento de que 597 multas com valor acima de R$ 500 mil foram suspensas. Segundo ele, as multas anuladas não eram julgadas depois pelos conselheiros, o que pode ter facilitado fraudes.




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