O número de fugitivos ainda é contraditório. A Secretaria de Segurança Penitenciária informou que 14 detentos escaparam da unidade. Os moradores que testemunharam a fuga, no entanto, afirmam que o número de fugitivos pode chegar a 100. O número exato só deve ser conhecido após o fim da rebelião, quando será realizada uma recontagem dentro da unidade.
A polícia, que negocia o fim da rebelião desde a manhã de sábado, ordenou no início da tarde o corte no fornecimento de água no local. No fim da noite, dois reféns foram libertados em troca de socorro médico para cinco presos feridos sem gravidade durante o início da rebelião.
Fuga — Até agora, três fugitivos já foram recapturados, todos no Morro da Mangueira. Eles foram identificados como Júlio César do Matosinho, 20 anos, Almir Santana da Silva, 25, e Leandro Teodoro Barbosa, 24.
Segundo a Secretaria de Segurança Pública, a fuga foi facilitada por 20 homens armados, que invadiram a unidade por volta das 6h30. Houve troca de tiros com os policiais que estavam nas guaritas e uma granada foi jogada e explodiu no pátio.
Durante a ação, quatro policiais se feriram. Três deles foram atingidos por estilhaços, em um tiroteio, enquanto o quatro quebrou as pernas ao pular de um muro, na tentativa de sair da guarita em que fazia guarda.
Quando saíram da cadeia, segundo moradores, alguns presos armados chegaram a roubar carros nas imediações. Os fugitivos foram em direção à Avenida Brasil, a principal via expressa de ligação das zonas Norte e Oeste com o centro da cidade. Antes, porém, incendiaram colchões e parte das instalações da unidade.
A Casa de Custódia foi inaugurada em janeiro e abriga 900 presos transferidos de outras unidades. A unidade fica ao lado do Ponto Zero, a carceragem que abriga presos de nível superior e onde estão, por exemplo, o empresário e ex-deputado Sérgio Naya e o bando de Rodrigo Silveirinha, que aplicou um golpe milionário na Secretaria de Fazenda do Estado.
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