Com disputa acirrada, começa nesta terça - e vai até quinta-feira - o pleito para a nova direçao do Sindicato dos Metalúrgicos de Sao Caetano. De um lado, está a chapa 1 da Força Sindical, liderada pelo atual presidente da entidade, Aparecido Inácio da Silva, o Cidao, e mais 101 componentes. Do outro, a chapa 2, com 24 representantes da CUT (Central Unica dos Trabalhadores). Os metalúrgicos poderao votar em 11 urnas, seis delas na General Motors, duas na sede do sindicato e as outras três itinerantes.

Mesmo sem ter sido contados os votos, a chapa 2 comemorou nesta segunda à noite a despacho do Tribunal de Justiça que julgou improcedente o pedido de impugnaçao da chapa. O juiz Alvaro Lazarini confirmou a sentença do juiz José Camargo, da segunda Vara Cível de Sao Caetano.

A plataforma de Cidao, que tenta se reeleger presidente, como ele próprio define, "procura aprimorar tudo o que já vem sendo feito". Ele destaca a manutençao do nível de emprego e projetos de reciclagem profissional. A chapa 2, tendo à frente Marcelo Toledo (presidente) e Turíbio Liberatto (vice), tem 13 itens de destaque em sua proposta, entre elas projetos para ampliar a geraçao de emprego na cidade com a revitalizaçao do parque metalúrgico, proposta de filiaçao do sindicato à CUT, eleiçao de comissoes de fábrica e de negociaçao, gatilho salarial quando a inflaçao chegar a 5% e criaçao de planos de cargos e salários.

Volta - Mais 180 metalúrgicos da General Motors que estavam em lay-off retornam nesta terça à linha de montagem, ficando apenas 91 ferramenteiros afastados. Segundo Liberatto, da oposiçao, o retorno só está acontecendo por ser terça o prazo final dado pelo Ministério Público para a volta dos afastados. Cidao afirmou que o retorno "nao está relacionado com a decisao".

Rodoviários - Os rodoviários do setor de fretamento fecharam nesta segunda acordo com o setor patronal, mantendo as cláusulas do acordo coletivo. Além disso, receberao reposiçao salarial de 3,55%. A categoria ainda negocia a manutençao do tíquete-refeiçao. No sábado, os trabalhadores do setor de cargas obtiveram o mesmo índice de reajuste e a manutençao do acordo coletivo.

Segundo o Sindicato dos Rodoviários do ABC, ainda falta a negociaçao dos motoristas e cobradores. Na terça-feira fazem assembléia a partir das 9h, podendo deflagrar processo de greve.