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Nunca se viu tanta gente nos salões, pulando e cantando...

A lista é imensa: Aramaçan, Cartolinha, Bochófilo, Primeiro de Maio, Rhodia, Clube de Campo...

Por Ademir Medici
Do Diário do Grande ABC
06/03/2011 | 00:00
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"Noite de segunda, uma gostosa e animada loucura no Aramaçan, com quase 7 mil foliões colorindo e agitando em todos os seus espaços. Regra geral, é o dia considerado de maior movimentação junto aos clubes".

"Noite de domingo, agradável e agitada na Associação dos Funcionários Públicos de São Bernardo, com o comparecimento de vários blocos: Dragões de Ouro, Oásis e PAF - Paz, Amor e Folia".

"Outro bloco animado do São Caetano EC: Os Sonecas, com seus pijamas listrados e touca. De sonecas não tinham nada".

FONTE: pot-pourri carnavalesco, Chiquinho Palmério, coluna Social, 3 e 4 de março de 1981.

A lista é imensa: Aramaçan, Cartolinha, Bochófilo, Primeiro de Maio, Rhodia, Clube de Campo, todos em Santo André; Volkswagen, Associação, Sindicato dos Metalúrgicos, Meninos, todos em São Bernardo; Chácara 3 Irmãos, em Diadema; São Caetano e Buso, em São Caetano; Industrial, Mauá e Independente, em Mauá; Ribeirão Pires FC. Estes foram alguns dos clubes que promoveram Carnaval de salão em... 1981.

Há 30 anos era assim; e as famílias também viajavam, como mostra o noticiário do Diário da época. E as ruas ficavam tomadas de foliões por ocasião dos desfiles.

Três décadas depois o povo continua a viajar - e a deixar livres as novas vias públicas durante o Carnaval; famílias comparecem aos carnavais de rua nas várias cidades. Apenas os salões, com as exceções de sempre, em especial nas matinês, promovem bailes fechados. Por que a mudança? A explicação daria uma bela tese acadêmica.

DIÁRIO HÁ 30 ANOS

Sexta-feira, 6 de março de 1981

Manchete - Sindipeças prevê 10% de dispensas no setor.

Movimento Sindical - Para Lula haverá nova greve, se necessário.

Grande ABC - Focos de poluição irritam moradores.

Automobilismo (Homero Villela) - Corcel GT 1.6, o esportivo da família.

Comes & Bebes (Marcello Mont Serrat) - O Forno em São Bernardo, ponto de encontro dos executivos.

EM 6 DE MARÇO DE...

1971- Médico Gustavo Maktvinik, legista de São Caetano, acompanha colegas da região e anuncia pedido de demissão. Alegação: baixo salário e volume de serviço: 300 casos por mês.

Clássico do futebol: em Santo André, Santo André 1 (gol de Ulisses), Saad 1 (Nelson, de pênalti).

Trabalhadores

Nascem em 6 de março:

1922 - Maria Camitri, de Cajuru (SP). Auxiliar de laboratório da Rhodia Química. Residia à Rua Abolição, 285.

1926 - Ana Grimária Miguel, de Guaxupé (MG). Servente da Rhodia Química. Residia à Rua Suíça, 487, Parque das Nações.

FONTE: 1º livro geral de registro dos associados do Sindicato dos Químicos do ABC.

SANTOS DO DIA

Marciano, Cônon, Olegário e Rosa de Viterbo.

Santa Rosa de Viterbo (Viterbo, Itália, 1234-1252). Com apenas 12 anos já exortava a população da sua cidade a fazer penitência.

FONTES: Folhinha do Sagrado Coração de Jesus, Vozes, 2011; site: paulinas.org .

FALECIMENTOS

SANTO ANDRÉ

Afizio Medda, 96. Natural de Guaranésia (MG). Dia 28. Cemitério do Curuçá.

Dionilia Maria de Jesus, 90. Natural de Rubin (MG). Dia 1º. Cemitério do Curuçá.

Regina Maria da Conceição, 85. Natural de Caruaru (PE). Dia 1º. Cemitério Jardim Santo André.

Getel Gomes Domingues, 82. Natural de São Paulo (SP). Dia 28. Cemitério do Curuçá.

Helio de Castro Oliveira, 69. Natural de Pompéia (SP). Dia 1º. Cemitério Curuçá.

SÃO BERNARDO

Amaro da Silva, 79. Natural de Santo André. Dia 2. Cemitério de Vila Euclides.

Urbaldus Ewald, 75. Natural de Jaraguá do Sul (SC). Dia 1º. Cemitério Jardim da Colina.

Ricardo Cardoso Mancuso Brotto, 46. Natural de São Bernardo. Dia 1º. Cemitério de Vila Euclides.

SÃO CAETANO

(Cemitério da Cerâmica)

Lecticia Romanini Nalin, 88. Natural de Itápolis (SP). Dia 26.

Viktor Schebanow, 86. Natural da Iugoslávia. Dia 27.

MAUÁ

Valdileno Nunes dos Santos, 56. Natural de Aquidaban (SE). Dia 28, em Santo André. Cemitério Santa Lídia.

MARIO PIRES BUENO
(Ibirá, SP, 26-7-1913 - Santo André 21-1-2011)

Lavrador no interior, industriário no Grande ABC. E Mario Pires Bueno escreve uma linda história, dedicando-se, no final de uma vida quase centenária, ao estudo e à leitura da Bíblia. De católico, tornou-se evangélico, dedicando-se à Assembléia de Deus.

"Ele sempre gostou do campo. Já aposentado, viveu numa propriedade nossa entre Porto Feliz e Sorocaba, plantando, cuidando de tudo, deixando a sua marca em tantas coisas", relata a filha e advogada, Elisabeth Pires Bueno Sudatti.

Filho de Joaquim Pires Filho e Matilde Gonçalves Leite, Mario casou-se com Sebastiana Dias Morgado. Os oito filhos nasceram no Interior. Em 1967, o casal, em companhia de três filhos solteiros, muda-se para Santo André. Sr. Mário trabalha oito anos na Fontoura, em São Bernardo, como armador, e ali se aposenta.

Viúvo, ele partiu aos 97 anos, deixando os oito filhos, 36 netos e 38 bisnetos. Está sepultado no Cemitério do Curuçá.




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