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Chalita questiona números do Mapa da Exclusão Educacional
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04/12/2003 | 00:15
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O secretário estadual da Educação de SP, Gabriel Chalita, questiona os números do Mapa da Exclusão Educacional. Para ele, o ministro da Educação, Cristovam Buarque, quis proteger a prefeita Marta Suplicy porque as crianças fora da escola têm entre 4 e 7 anos, ou seja, precisariam de vaga na educação infantil, atribuição da Prefeitura.

"Ou ele (Cristóvam Buarque) está mal informado ou com má-fé. Acho muito estranhas as declarações do ministro e creio que ele quis poupar a prefeita, que é do mesmo partido". De acordo com Chalita, no ensino fundamental 100% das crianças estão na escola e no ensino médio, 95%.

"O secretário não conhece a política de educação infantil da Prefeitura", disse o chefe de gabinete da secretaria municipal de Educação, Enéias Rodrigues. Segundo ele, o município já aumentou em cerca de 70 mil o número de vagas desde 2000, com a construção de 21 Escolas Municipais de Ensino Infantil (Emeis) e outras 17 unidades dentro dos Centro Educacionais Unificados (CEUs). "Pergunte a qualquer pessoa se ela prefere estudar numa escola municipal ou estadual e você verá a resposta".

A distância entre a escola e a residência é apontada com uma das principais causas da exclusão educacional e não prejudica os estudos apenas na zona rural. Morador de São Paulo, o motorista desempregado Miguel Correia garante que seu filho, que tem quase 8 anos, não está estudando porque não há vagas. "Fui a quatro escolas, municipais e estaduais, e não encontrei nada perto de casa. Se for longe, eu não consigo levá-lo", reclama.




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