"Se Beber, Não Case", em cartaz a partir de hoje na região e em São Paulo, não tem nenhum dos elementos que costumam justificar os sucessos de bilheteria. Produzida de maneira independente, a comédia ainda é puxada por um trio de protagonistas desconhecidos do grande público. Por isso, foi uma grande surpresa quando alcançou o topo das bilheterias em seu fim de semana de estreia, em junho, em que arrecadou quase US$ 45 milhões. Foi a terceira melhor abertura de uma comédia com classificação indicativa de 18 anos (no Brasil, a censura é 14).

Veja o trailer

O roteiro dirigido por Todd Philips gira em torno das consequências de uma das maiores bebedeiras vistas nos cinemas nos últimos tempos e as trapalhadas que os hormônios masculinos podem produzir a partir disso. Não à toa, o título original, The Hangover, pode ser traduzido como ‘a ressaca'.

Para começar, a comédia é ambientada em Las Vegas. Embora não envolva as capelas em que sósias de Elvis Presley façam as vezes de juízes de paz ou testemunhas, há um casamento. O noivo é Doug Billings, (Justin Bartha), que parte para Las Vegas para a despedida de solteiro. No Mercedes, leva os três padrinhos - seus amigos Phil (Bradley Cooper, de Penetras Bons de Bico e Ele Não Está Tão a Fim de Você) e Stu (Ed Helms) além do cunhado pouco sociável, Alan (Zach Galifianakis). Phil e Stu representam posições divergentes a respeito da união. O primeiro está amarrado e entediado há certo tempo enquanto o segundo está prestes a pedir a mão da namorada controladora.

Na manhã seguinte à noitada, a suíte do hotel está um caos. Phil, Stu e Alan parecem ter participado de uma briga com hooligans e logo descobrem que o noivo desapareceu. Para completar o cenário insólito das buscas por Doug, os ‘sobreviventes' têm de lidar com um bebê deixado à porta, um tigre e uma galinha. Mike Tyson faz uma ponta e prova - no rosto de Galifianakis - que ainda tem uma direita literalmente arrebatadora.